Amália Hoje

Chegou às lojas o disco «Amália Hoje», uma revisitação pop actual da música da fadista por um conjunto de músicos e cantores provenientes dos grupos The Gift, Plaza e Moonspell.

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Espero que tenha bastante sucesso. Em primeiro lugar porque a ideia é muito boa. Em segundo lugar porque é uma boa homenagem 10 anos depois do desaparecimento da cantora. Em terceiro lugar porque a Amália Rodrigues foi, sem qualquer dúvida, a maior artista que Portugal alguma vez conheceu.

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Lamento que tenha sido preciso 1 semana de programas no People&Arts dedicada à Amália Rodrigues para eu perceber ou valorizar o que até então me tinha passado completamente ao lado.

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Amália foi a primeira Pop Star que existiu em Portugal (talvez a única). A maioria de nós não faz ideia da magnitude do seu sucesso internacional. Não creio que existam pessoas capazes desta internacionalização. Amália era especial. É preciso mergulhar na música para perceber a dimensão do ser humano e da sua aura. Era genuína, de uma simplicidade desarmante e fiel ao que fazia. Amália era verdade pura. O seu canto era a sua verdade. Não era mais nada, era só isso que tinha para dar. A sua verdade.

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Era com uma simplicidade desarmante que ela dizia isso mesmo. «Eu sei lá cantar, não percebo nada de música, nunca tive lições de canto, sei lá... é a minha verdade. Digo a minha verdade, aquilo que sinto». Embora tivesse uma dimensão estelar manteve-se sempre humilde. Como dizia «Eu sou uma batata, uma vezes assada, outras vezes cozida, outras vezes frita, mas não passo de uma batata». Só os grandes podem dizer coisas como estas e continuar a ser grandes.