sexta-feira, dezembro 28, 2012
As calças amarelo mostarda
Comprei umas calças amarelo mostarda para a passagem de ano. Diz que o amarelo traz dinheiro. A gravata azul, a camisa e ténis brancos e as cuecas vermelhas vão completar o quarteto com sorte, paz e paixão. Tudo o que um homem precisa para a vida ideal. Anda cá 2013 que eu não te mordo.
O homem invisível
No trabalho vou com uma colega mãe de dois filhos e passa uma colega mãe de duas filhas «olá como está? O natal foi bom». As crianças entram na discussão. No final, «uma boa entrada para si e para as suas crianças» e eu torno-me no homem invisível. A cumplicidade da maternidade é uma coisa estupenda.
quinta-feira, dezembro 27, 2012
Porque é que eu me irrito...
...por ver um homem feito a dizer «bigadus» em vez de «obrigado», sem ser na brincadeira? Ao menos não disse «bigadus nino». Tenho de lhe dar esse crédito.
quarta-feira, dezembro 26, 2012
O fio
No final de Outubro fui comprar fio para mudar o que tinha nos estores. Não tendo a certeza da grossura que seria ideal trouxe 2 tamanhos pagando apenas uma embalagem. A senhora disse-me que as pessoas tinham de ser gentis e de se ajudar umas às outras. Nunca consegui encontrar a loja aberta depois disso. Hoje encontreo o número da loja e telefonei. Andava a queimar-me por dentro a hipótese de a senhora deixar de ser gentil para os outros por achar que tinha sido enganada por mim. Que lhe tinha roubado o fio quando ela foi tão simpática. Não se lembrava de nada. Disse-me que não me preocupasse e que um dia eu haveria de poder passar por lá. Vou passar claro. Mas não deixo de me sentir um idiota por dar muita importância a coisas sem importância, como perder-se a fé na sinceridade dos outros porque lhe ficaram com uma embalagem no valor de 6 euros. De que fé falamos nós afinal...
Bom trabalho
A minha sobrinha está a sair bem. Daqui a pouco mais de um mês faz 4 anos e é um projecto em contrução. É uma menina bonita, mas isso é irrelevante quando o que não falta por aí são meninas bonitas. O que gosto nela é que é uma menina simpática. Tem uma personalidade forte, gosta das coisas à sua maneira, é irrequieta, mas é doce e educada. É uma menina educada. Isto deve-se à minha cunhada e ao meu irmão, certamente. Quando as coisas saem mal toda a gente aponta o dedo. Mas eu não me quero esquecer do que senti este Natal e por isso deixo este registo. A miúda está a sair bem porque os pais estão a fazer um bom trabalho. São bons pais. Amam muito e disciplinam, sem anular a filha. Um equilíbrio nem sempre fácil de conseguir, mas estão a fazê-lo. Thumbs up!
O Hobbit - Uma viagem inesperada
10 anos depois do Senhor dos Anéis chega-nos a prequela fortemente assessorada por efeitos digitais extraordinários, mas também por indicações de coisas que correram menos bem na trilogia referida, nomeadamente o peso das personagens e da história. Aqui surge tudo um pouco mais leve e mais teatral. Também mais agradável de se ver. Pensava eu que ia ver apenas um filme de prequela, mas afinal estamos perante outra trilogia. Esse foi(é) o único defeito do filme. No final não há nenhuma conclusão. Nota-se claramente que é uma coisa inacabada da qual teremos de esperar seguimento até ao próximo Natal. É, sem dúvida, um anti-climax total. Contudo, o filme entretém. É bonito. É o que se pede para um domingo ou uma noite de descontração.
15/20
A vida de Pi
Como livro é certamente maravilhoso. Como filme não consegui evitar de deixar de emitir uns quantos bocejos. Tenho muita pena que o Ang Lee não tenha conseguido dar a volta a um filme visualmente bonito, mas sem a chama extra para ser um sonho que vale a pena seguir. Não creio que os actores tenham sido dirigidos no sentido de proporcionarem uma verdadeira textura emocional.
12/20
terça-feira, dezembro 25, 2012
Prendas de natal
Pela segunda vez consecutiva tive a certeza de que me ponho a pensar em prendas personalizadas que façam os outros felizes e de que a recíproca não é verdadeira. Assim, ofereci-me a mim mesmo (por acaso, porque a idea era dá-la ao mano) uma maravilhosa Máquina Delta Q amarela. Apaixonei-me por ela assim que a vi e já que uma casa não é a mesma sem café expresso... Está colocada na minha cozinha e faz-me feliz. Terei o sol na cozinha todos os dias de manhã. O universo escreve certo por linhas tortas :)
domingo, dezembro 23, 2012
Tu és mesmo assim?
Ontem depois de muito tempo sem o fazer saí para dançar. Não sei o que se passa, mas os amigos agora andam todos em jantares ou já não gostam de sair e dei por mim sozinho no bairro a ver se via passar alguém. Sabia que havia a festa no Teatro do Bairro e pelo menos aí ia encontrar 1 ou 2 pessoas conhecidas, mais não fosse para conversar. Depois da melhor caipiroska de Lisboa no Fiéis, segui para a festa, que incialmente esteve morna, e comecei a dançar. Estive com um amigo que gosta de dançar, mas uma boa parte do tempo estive sozinho. Em especial no set do DJ António Almada que é do melhor que aí anda. Libertei as tensões do mês inteiro e senti-me em êxtase. Estava na minha a dançar como se a música fosse a única coisa que existisse. Fui abordado por uma rapariga que me perguntou se eu era mesmo assim ou se tinha tomado drogas. Estava a observar-me havia algum tempo e ficou na dúvida. Na pista de dança não uso substâncias para lá de um ocasional sumo de laranja. Saí da festa tão feliz que hoje nem precisei de despertador. O meu cérebro despertou sozinho depois de 7h de sono. E continuo bem disposto. Muito bem disposto.
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Fácil/Difícil
Nunca gostei do fácil. Sempre quis as coisas pelo caminho do trabalho, do esforço. As coisas tinham de me dar luta ou eu tinha de lutar pelas coisas. Acho que me sentia um furo acima dos outros por isso mesmo. Tolices. Ganhamos uma quantidade de queixas sobre como somos exigentes e outros constrangimentos. Para o novo ano, acho que quero tudo fácil. Acho que é isso que quero da vida agora. Que seja tudo extraordinariamente fácil. Mudo o paradigma. Quero lá saber do esforço. Se tiver de ser faço-o, mas prefiro tudo simples. Fácil. fácil, fácil...
quinta-feira, dezembro 20, 2012
PIXEL v2.0
Para variar o estilo concorri ao PIXEL com o seguinte texto:
6,5,4,3,2,1...
Não consigo expandir.
Sou um músculo tenso, parado,
Prolongado numa cãibra rasgada
no comprimento do meu abecedário emocional.
Sou uma palavra curta sem elasticidade e
a quimera da dilatação não agiliza a minha fé.
Na morte cerebral do nosso amor
será completa a minha necrose.
Decidi.
Sobram seis dias depois deste Natal feliz
ventilado mecanicamente.
Dois homens infecundos somos.
Eu ficarei, desistente.
Desligo.
6
5
4
3
2
1
...
O amor...
Não é apenas meias de lã e caldos de galinha. Mas quando é, a lã é super macia e os caldinhos levam massinha e raspas de cenoura e pedacinhos de carne desfiados. :)
Os trintões vão perceber isto...
Conversa que li:
Gajo 1: Que cara é essa, o que é que se passa?
Gajo 2: Qual cara?
Gajo 1: Pareces pior que o Marco no dia mãe.
Gajo 1: Que cara é essa, o que é que se passa?
Gajo 2: Qual cara?
Gajo 1: Pareces pior que o Marco no dia mãe.
quarta-feira, dezembro 19, 2012
Não sabia...
Que Espanha deixou Portugal tornar-se independente em 1640 porque estava mais concentrada em esmagar a revolta na Catalunha que também quis a independência no mesmo ano. Tivemos sorte. Quando for a Barcelona tenho de lehes dizer «obrigadinho compinchas».
A última consulta do ano
A última consulta do ano de essências vibratórias (florais) foi ontem. Gostei de saber que todos os florais continuam activos e que os florais para os picos de irritabilidade e ansiedade baixaram. Subiram os que mantêm o equilíbrio entre mente e emoção. How cool is that?
terça-feira, dezembro 18, 2012
Começos de dia...
Depois de um fim de semana a trabalhar, depois de ter ido e voltado de Madrid no mesmo dia com direito a problemas no aeroporto, depois de ter adormecido hoje porque cheguei a casa às tantas, depois de ter descoberto que há mais problemas para resolver aqui no trabalho, vou ao escritório do Vice pedir uma assinatura e ele corre comigo do escritório de maneira mal educada. Ok, desci. Em ves de ir almoçar fui ao ginásio. Voltei há pouco. hoje só desejo ir para casa.
segunda-feira, dezembro 17, 2012
sábado, dezembro 15, 2012
Abençoado Judo
Hoje no ginásio vi "o corpo" da minha vida. Aquele que para mim assentou na perfeição no o ideal de corpo masculino que tenho. Dei de caras e depois a vontade era olhar e voltar a olhar e assim ficar, mas não. Não quis dar bandeira no meio da equipa de Judo e fui tomar banho. Quando voltei ele já estava vestido. O estilo era funcionário cinzentão das finanças, mas não faz diferença depois de conhecer previamente o recheio. Tenho de dizer ao namorado para ir para o Judo, faz bem às costas e às pernas...
Dúvida existencial
Se uma judoca é uma praticante de Judo, uma badalhoca é uma praticante de badalho?
sexta-feira, dezembro 14, 2012
Concorri ao PIXEL com este texto
Zacarias
Zacarias cresceu sem sorte. A sua vida era um túnel de vento ártico,
todos os dias. Pequeno e mirrado sempre lhe disseram que nunca iria a
lado nenhum e não foi. Ficou ali mesmo. Nunca saiu da casa onde nasceu, a
mesma onde o olhar de resignação dos pais por aquele filho murcho
continuava a escorrer por todas as paredes, penetrando-lhe o esqueleto
enfezado como humidade cortante. Trabalhava no Zoo como tratador de
felinos, por favor do Diretor ao pai e à mãe do Zacarias que ali tinham
trabalhado em vida. De tão magro e feio nem os leões o quereriam comer e
se quisessem, o mundo não perderia grande coisa. Mandava a lei que
andasse sempre com dardos tranquilizantes nas calças, apesar do Diretor
do Zoo preferir que fosse comido para poupar o dinheiro dos dardos. A
vida arrastava-lhe o corpo numa sobrevivência dormente. Sentado no sofá à
espera de ter sono, Zacarias viu cair um papel pela chaminé, «Feliz
Natal» dizia. Tinha-se esquecido que hoje era dia 24 de Dezembro. Ouviu a
campainha. «O Pai Natal» pensou desinteressado enquanto abria a porta.
Algo o projetou contra a parede da sala, depois o chão. Em 10 segundos
estava de novo no ar pendurado pelo pescoço «onde está o dinheiro
cabrão? Fala ou morres agora!». A mão hercúlea esmagava-lhe a traqueia,
«não tenho» disse com dificuldade. A mão gémea daquela vasculhava-lhe as
calças. Zacarias não conseguia respirar, ia morrer. Caiu no chão… não
ia morrer. O ladrão estava de joelhos, tonto… tombou. «Os dardos»
pensou, «picou-se». Zacarias olhou para o corpo enorme no chão.
Sentou-se em cima dele. Atou-lhe as mãos enormes atrás das costas e
sentiu algo que nunca tinha sentido, uma ereção. Nunca tinha pensado em
homens, sequer em sexo. Pensava-se assexuado, será que não era? Estava
disposto a descobrir. Puxou as calças do ladrão para baixo, subiu-lhe a
camisola até ao pescoço. O corpo dele era magnífico, dorsais vincados,
nádegas esféricas cobertas por uma leve penugem dourada, pernas amplas e
grossas. Desceu-lhe a mão entre as nádegas, sentiu a humidade, as
coxas. A ereção doía-lhe, vulcânica. Tinha de telefonar à polícia.
«Depois» pensou. Foi à cozinha buscar manteiga. Era noite de consoada e
tinha apetite pela primeira vez.
Tive imenso prazer a escrevê-lo, espero que dê o mesmo prazer a quem o lê.
Conversas com a minha empregada
Ela: O senhor é muito arrumado, devia ser mais descontraído.
Silvestre: Então mas eu deixo-lhe sempre alguma loiça da quinta feira.
Ela: Trabalho aqui há 7 anos e está tudo sempre muito organizado. Não me parece normal.
Silvestre: Mas o que é que quer que eu faça?
Ela: Faz-me lembrar um advogado para quem eu trabalhei que também era assim e um dia os amigos foram lá para lhe desarrumar a casa, meter revistas em cima dos sofás, casacos na entrada...
Silvestre: Pronto eu deixo de fazer a cama e posso deixar alguma roupa no chão se quiser.
Ela: Esta casa parece que não é habitada, que não temm gente a viver cá...
Silvestre: Não se preocupe que vou ser mais desarrumado.
Ela: De vez em quando não faz mal. Está bem?
Silvestre: Então mas eu deixo-lhe sempre alguma loiça da quinta feira.
Ela: Trabalho aqui há 7 anos e está tudo sempre muito organizado. Não me parece normal.
Silvestre: Mas o que é que quer que eu faça?
Ela: Faz-me lembrar um advogado para quem eu trabalhei que também era assim e um dia os amigos foram lá para lhe desarrumar a casa, meter revistas em cima dos sofás, casacos na entrada...
Silvestre: Pronto eu deixo de fazer a cama e posso deixar alguma roupa no chão se quiser.
Ela: Esta casa parece que não é habitada, que não temm gente a viver cá...
Silvestre: Não se preocupe que vou ser mais desarrumado.
Ela: De vez em quando não faz mal. Está bem?
Na última vez estava preocupada porque eu tenho muita roupa e andava a vestir sempre o mesmo, uma vez que ela todas as semanas acabava a passar as mesmas peças. Agora a casa tem de estar mais desarrumada. Ok, o que for preciso para a manter feliz. Mas não deixo de achar isto divertido e fora do cumum.
Reencontro
Reencontrei um amigo, fisicamente, depois e muito tempo. Tivemos o nosso tempo de conversa. Foi reconfortante. Estamos mais velhos e mais sábios. O juízo aflora-nos as cabeças.
quinta-feira, dezembro 13, 2012
PIXEL 3a EDIÇÃO
Começou no dia 11 a 3a edição do PIXEL no blogue Good Friends Are Hard To Find, um concurso de pequenas histórias de temática LGBT. Desta vez o tema é Happy Xmas. Gosto muito desta inciativa porque me permite conhecer um pouco de um certo imaginário dos autores de blogues que eu visito. Como não podia deixar de ser já concorri com um texto, quem sabe me dá na gana e ainda faço mais outro. A ver... o ano ainda não acabou e até 31 de Dezembro ainda é "vindima".
Problemas e mais problemas...
Uma situação de desemprego é muito complicada. Quando começa a ser de longa duração pode deixar uma pessoa numa situação tão frágil do ponto de vista emocional que dispara para todos os lados. É dificil para quem está ao lado conseguir aguentar esse movimento constante entre depressão e hipersensibilidade agressiva. O mais fácil é dizer que há que ter compreensão, porque se está numa posição melhor. Verdade. Contudo a instabilidade constante provocada oscilação entre estes dois pólos é muito difícil de gerir. Se este estado de coisa não se altera, olhamos para o outro e não conseguimos encontrar ali a pessoa por quem desenvolvemos uma amizade ou por quem nos apaixonamos. Acabará mais tarde ou mais cedo por provocar o distância, primeiro, emocional e depois se nada se altera física. Há que meter as pilhas. A salvação de uma pessoa começa por si mesma. Os outros são responsáveis pelo seu bem-estar apenas até ao ponto em que esbarram nas emoções desse terceiro. Não é justo. Mas a vida não é linear. No final a perda é de todos.
quarta-feira, dezembro 12, 2012
Há com cada freak
O marido da Mariah Carey diz que tem sexo com ela enquanto houve as suas canções e que usa também a música da mulher para se masturbar quando ela não está presente. A canção «Hero» é a sua preferida para a masturbação. Weirdooooooo...
Vou ter de ir ao Finalmente
Marcam-me uma festa no Finalmente. Nunca fui. Só oiço dizer que é mínimo, apertado e cheio de fumo de tabaco. Escusado será dizer que a vontade é mínima também. Alguém me pode informar sobre o tipo de música que passa lá? Se ao mesmo é "dançavel"?
Deixem Falar As Pedras
Terminei ontem este livro onde de certa maneira revivi o meu pai e todos os que foram presos políticos e lutaram contra a ditadura. Através da revisitação das memórias de um avô contadas a um rapaz, contadas nos dias de hoje, o escritor faz um belo retrato do que foram os anos da ditadura em Portugal e do que eram as relações humanas e sociais dessa época. Pensei inicialmente que estava a ler um grande escritor que era ainda jovem e que às vezes tinha uma escrita talvez pueril. Mas a realidade é que o narrador é jovem e a escrita adensa-se em torno desta ideia fazendo-nos sentir cada vez mais os 14 anos do narrador e suponho que o tom é propositado. No final ficamos apenas com um bom livro, uma boa história, um bom escritor - David machado.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Mais histórias de namorados...
O que dizer de um namorado que vai ver as gavetas, o telemóvel, o email, a carteira, os bolsos e mala do outro? A mim assusta-me um bocado. Parece-me psicose.
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Os homens são volúveis/Nem tudo o que luz é ouro
Dois ditos que se adequam super bem.
Situação: Um rapaz está com o seu namorado de sempre, relação quente mas não escaldante. Aparece alguém que promete toda essa paixão de outros tempos e muito mais. Parece perfeito. Talvez porque é desconhecido e o nosso "Zé de sempre" já tem os defeitos todos marcados na casca. Assim que há quem morda o isco. Ao morder, manda a estabilidade ao carago e mete-se em águas revoltas. O ouro era afinal apenas latão. Fica escuro em dois tempos. Lixou-se o rapaz. O outro que estava apaixonado ou numa de sedução só diz «ah pensavas isso? ahhhh...» Final.
Epílogo: Porque é que eu sou uma "pessoa hospital"? Onde é que andam as pessoas felizes? Ando sempre em processo de cura de terceiros... Pronto.
Porque as palavras têm força
Eu acredito que as palavras ganham força quando são ditas. Assim que digo em voz alta e deixo escrito para a N. «esse quisto no peito é apenas um quisto e a biópsia vai dar negativa para tumor». Este é um desejo muito, muito forte.
Miserabilistas?
Conversa de almoço. Cortam-nos ordenado, cortam-nos tudo e mais alguma coisa. Direitos, blábláblá... No final vem sempre a frase «mas temos de estar muito agradecido por termos empregos». Por um lado é verdade, mas por outro...porra é apenas a nossa veia miserabilista. Porque é que olhamos sempre para baixo e nunca para cima? Há outros países com sistemas mais justos e porque não almejar a ser melhor ao invés do sentimento de agradecimento pelo pouco? Acho que foi por isto que a Suécia e a Finlândia em seu tempo saíram do buraco e nós insistimos em não sair. Eles acreditavam que mereciam mais, que todo o país merecia mais e por isso se tinha de construir um sistema melhor em conjunto. Nós limitamo-nos a ficar felizes porque só nos cortaram 3x em vez de 4x, porque nos batem, mas mesmo assim batem menos do que a outras pessoas. Raio de portugalidade...
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Lusitanus Perfectus
É de certeza o nome em latim para designar a raça do rapaz que vi à saída do metro.
Um pinto
Ontem cheguei a casa encharcado.O chapéu deixava entrar água, os sapatos deixavam entrar água e as calças todas molhadas até aos... acima dos joelhos. A única coisa que me safou foi o casaco. Mas não me safei de uma constipação.
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Politicamente incorrecto mas...
Gostava muito de dizer a uma pessoa que conheço. «Olha, ainda não percebeste que tiraste uma licenciatura como quem lê um romance da Margarida Rebelo Pinto. E que quando se começa a trabalhar é mesmo para trabalhar e não para passar o tempo a mudar o Wallpaper do PC e escolher presentes para oferecer aos professores dos filhos. A sério, eras mais feliz a fazer compotas em casa e a fazer criação de galinhas e cozinhar grandes jantares de família. Nem todas as mulheres têm de ser profissionais. Ser doméstica também pode ser uma profissão e tu serias das boas.»
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Pai Natal
Hoje comprei uma Pai Natal para meter na porta de casa. Tem um ar bonacheirão. Fico feliz quando olho para ele. Também comprei umas luzes no chinês, espero que não me provoquem um curto circuito, ehehehehe...
Velhas máximas...novas realidades
Dizia-se que se é um homem quando:
- Se tem um filho
- Se planta uma árvore
- Se escreve um livro
O problema de hoje é:
- Criar o filho
- Arranjar tempo para cuidar da árvore
- Conseguir que alguém leia o nosso livro.
- Se tem um filho
- Se planta uma árvore
- Se escreve um livro
O problema de hoje é:
- Criar o filho
- Arranjar tempo para cuidar da árvore
- Conseguir que alguém leia o nosso livro.
terça-feira, dezembro 04, 2012
E quando?
E quando as posições de força não são mais do que mal disfarçadas reacções de insegurança? Os cobardes são aqueles que por vezes dão a ferroada mais forte. O medo é uma hormona muito poderosa.
O Natal
Estou a fazer um esforço enorme para viver o Natal. Queria ver se conseguia entretanto fazer a árvore e ganhar um pedacido de alegria natalícia. nem a minha sobrinha me ajuda nisto. Daqui a uma semana, mais ou menos, faz 14 anos que o meu pai morreu. O tempo corre. Ele gostava do Natal como um miúdo pequeno e eu devia continuar a dar-lhe esse alegria de sempre, a de quando ele descia as escadas e via a árvore e os adornos espalhados pela casa. Raios me partam e ao momento que que deixei de ser natalício. Lembro-me que no ano que fez 7 anos do seu desaparecimento foi quando eu senti pela primeira vez a falta a sério. Era muito tempo, 14 anos parece-me ainda mais. Sou bem resolvido relativamente à morte e à perda, mas é muito tempo e um pai é um pai. No caso, era um amigo mais velho e experiente. Tenho de me tornar natalício outra vez. Parece-me que é o que lhe devo este ano para mitigar os efeitos do tempo. Até devia comprar enfeites novos para a árvore de natal, mas acho um desperdício de dinheiro quando só uso os que tenho 1 vez por ano e estão em excelente estado. Quando é que me tornei tão racional?... (suspiro)... como é que os racionalistas conseguem ser natalícios. Sugestões?
domingo, dezembro 02, 2012
Cloud Atlas
Fiquei curioso pelo livro. A história é uma excelente história sobre karma e vida após a morte, mas o filme com 3h não consegue explorar toda a densidade da trama e a textura dos personagens, que podem passar desapercebidos quanto ao seu papel e essência. A falta de aprofundamento pode tornar o filme menos perceptível. Todavia é um bom documento, está bem filmado e entretem. Não deve ser nem metade do livro. Se tivesse 4h estou seguro de que seria um excelente filme. Eu teria arriscado.
15/20
Hoje
Hoje passei os olhos pelo blogue abandonado de eu Ex. Às vezes uma pessoa pode ter tanta vergonha do seu passado, e eu que até nem sou dos que se arrepende. Como é que alguma vez me deixei levar pela lábia do tipo. Felizmente acordei a tempo antes de me tornar num infeliz. Todavia... blhác!
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