segunda-feira, dezembro 28, 2009

Ágora


Foi um post publicado no blog A Terceira Via que me fez ter vontade de ir ver o filme. Filosoficamente sabia que ia gostar bastante do filme. A imagem é bonita, a montagem deixou algo a desejar na medida em que senti que a acção era cortada, por vezes, com os planos macro do planeta. Mas contas feitas, acaba por ser irrelevante perante o poder da mensagem: os perigos da verdade religiosa. As escrituras sagradas do cristianismo podem ser usadas ao belo prazer de quem tiver carisma para controlar hordas de gente necessitada e sequiosa de encontrar relevância e sentido. A fundação da religião cristã está assente sobre sangue e crimes hediondos, assim como a religião judaica. O filme mostra como a verdade religiosa resultou na progressiva aniquilação de qualquer outra verdade. Na religião ganha o número. Havia demasiado escravos e gente faminta em Alexandria, gente que a troco da "caridade de pão" rapidamente se tornava cristã e disposta a agir com a maior barbárie em nome daqueles que lhes matavam a fome. A verdadeira razão, o humanismo, pouco pode contra o fanatismo religioso. Séculos depois, reza-se a santos que foram verdadeiros carrascos em vida, mas branqueados por cometerem os seus crimes "ao serviço do Deus verdadeiro". O mundo construi-se de forma estranha, e pouca gente que saber como foi. O filme tenta mostrar parte da história e deixa-nos no mínimo curiosos por mais.


15/20


4 comentários:

J. Maldonado disse...

Folgo em saber que apreciaste o filme da mesma forma que eu. :)

1. Sintetizaste bem o conteúdo do filme.
De facto o cristianismo cresceu à custa da manipulação e da subserviência.

2. Os planos macro do planeta contêm um simbolismo.

Célio Cruz | Sweet Gula disse...

Agora fiquei curioso. Lá tenho que ir ver o filme.

Angelo disse...

Eh pá... Agora quero ir vê-lo!

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Um dia vou saber falar de um filme e dizer "planos macro do planeta" pá em que escola é que vocês andaram? :o
Sinto-me diminuída.