Tenho pena de que estejamos a viver tão rápido, de que o aborrecimento seja uma constante, de que a emoção de hoje seja apenas um esgar de incómodo daqui a umas semanas. Há demasiada informação e, por alguma razão, a maioria de nós não fica mais informada. Apenas mais insensível, mais aborrecida, mais insatisfeita. Há sempre alguma coisa nova e, em diversas vivências, o nosso espectro de atenção começa a ser semelhante aos das crianças. Há sempre qualquer coisa nova e mais excitante a acontecer. É tudo efémero. Há dias em que me sinto triste por isso.
4 comentários:
O que alguns tentam é virar as costas a essa forma de viver, quebrando os laços de dependência ao mínimo possível...
Não é preciso viver a vida como os outros vivem...
Pois não. Mas não deixo de me sentir triste quando me consciencializo da massificação de um certo tipo de comportamentos...
A questão é o espírito crítico. Decidir que informação queremos ouvir e a que novidades devemos estar atentos!
O espírito crítico, a confiança (e não arrogância...), tudo isso é vital para se sobreviver num mundo em que até quando vamos fazer chichi numa casa de banho de centro comercial temos de levar com música e temos publicidade à frente.
Num mundo em que andamos sempre a ouvir música no carro, no trabalho, em casa e na rua... televisões em todo o lado, internet em todo o lado, jornais por todo o lado (sim, os gratuítos são mais praga que benefício). Enfim, se não formos nós a ser selectivos damos em doidos!
Coragem. E alerta os que te estão próximos, é o melhor que podemos fazer. :)
No meio de tanto ruído, o melhor é mesmo o silêncio.
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