sexta-feira, outubro 25, 2024

Um par improvável, mas correu mesmo bem



I think about it all the time - Charli XCX ft Bon Iver

De novo com aparelho nos dentes

Como ao fim de uma semana os dentes do maxilar inferiores começaram a abrir espaços, eis-me de novo com aparelho nos dentes e desta feita por conta do dentista. Serão mais 6 a 7 meses. Se antes pensava, será que tiro antes dos 50? Agora penso, será que tiro antes dos 51?

E se de repente...

Conhecemos aquela pessoa em que tudo nela grita "red flag" já que a sua energia nos deixa um efeito de desconforto enorme. Não é a primeira vez que isto me acontece, alguém de quem estou muito próximo ser, por sua vez, próximo de uma pessoa muito tóxica e dominadora. Espero que desta vez com melhores resultados. 

quarta-feira, outubro 23, 2024

O casal perfeito

Quem é fã da Nicole Kidman e quem adorou 'Little Big Lies' vai andar louco, como eu, para ver esta minissérie. O problema vai ocorrer quando descobrir, como eu, que a montanha pariu um rato. Tinha tudo para ser excelente e é apenas um "meh". 

O pior é esse final que é um anticlimax e se resolve cedo demais. Não digo mais nada para não fazer spoilers, mas claro que envolve um crime. E é tudo. 

12/20

Whitney Houston: I wanna dance with somebody

Estava muito curioso com esta dramatização da vida da Whitney depois de ter visto o documentário. O filme faz a revista de alguns dos moimentos mais icónicos, mas acho que acabou por falhar bastante por não ter passado pelo que foi o calvário pessoal com as drogas (em que, curiosamente, foi iniciada pelo irmão e não pelo marido como se pensa). A Whitney era uma rapariga de um bairro mau. Era uma "sister from the hood" e isso determinou muito da sua educação e do seu carácter. Claro que era linda e nós sempre a vimos quase como um anjo. Mas havia muita textura por trás da voz e imagem imaculadas.

Uma das melhores vocalistas de sempre e uma pessoa com tantos matizes merecia mais do que um filme raso onde a principal preocupação foi mimetizá-la (e isso foi bem conseguido). Mas acrescenta muito pouco, talvez até diminua a curiosidade sobre a personagem. Vi tudo até ao fim, porque gostava dela.

11/20
 

Tesão

O que me dá tesão é a intimidade, a partilha; sentir-me emocionalmente próximo de alguém. Isto é um conceito difícil de entender para muita gente e em especial difícil de conceber para um homossexual que é ativo. Mas é o que é.  Só tenho de ser fiel a mim. Ponto. 

23 de outubro

Esta data é-me brutalmente familiar e não faço a menor ideia porquê. O meu cérebro trancou aqui qualquer coisa.   

O que está dentro

O último grande sucesso da Netflix tinha tudo para dar certo enquanto grande filme, mas para mim não passa de um thriller psicológico para a geração Tik Tok. As ideias estão lá, os visuais, as personagens tipo; mas a densidade dramática, o argumento à prova de bala, as atuações, deixam a desejar. É um filme para o nosso zeitgeist. Já a qualidade... nem para o nosso nem para outro.

12/20

PhD

E chegou o momento em que decido se quero mesmo avançar com isto ou não. Creio que estou no lugar certo. Mas será que é suficiente o pós-laboral para fazer este trabalho sem deixar de ter uma vida? Ando aqui a pensar nisto com carinho, mas com algum receio também.

terça-feira, outubro 15, 2024

É bom

Quando as pessoas ficam genuinamente felizes por nós. Há, contudo, muitos "velhos do restelo" e contra isso há apenas que acreditar e continuar a lavrar a epopeia que é a nossa vida. Com passo seguro, com fé, com capacidade reflexiva. 

Joker: Folie à deux

Não posso dizer que o filme foi uma desilusão porque eu já sabia ao que ia, mas este Joker serviu apenas como um anticlimax do anterior. A presença da Lady Gaga não se constitui como um valor acrescentado, acho que bem pelo contrário. Não sei bem o que pretendia o realizador. É chato ver um filme que não se percebe bem o propósito, o que acrescenta à trama. Creio que diminuiu o personagem. Não consigo perceber bem. Estou confuso. O filme é quase um musical e quase um filme de tribunal e quase alguma coisa. Nunca é realmente nada de jeito.

11/20

Estive na Madeira

Este fim de semana fui à Madeira. Fui cumprir uma das viagens que já estava comprada desde o namoro último e foi estupendo. Fiquei em casa de um amigo que fiz através do Beto. Nestes 3 dias estive com 5 pessoas de quem gosto muito. Estas pessoas são agora para mim a Madeira. E é tão bom que assim seja. Estive lá sem sentir a falta de mais nada do passado. É um lugar onde me sinto muito bem e onde tenho referências: pessoas de boa índole, com mundo interior. Os momentos que passei sozinho, passei bem. Fui ao cinema, passeei pelos paredões a cantar com os auriculares nos ouvidos, passeei pelas ruas. A minha bolha de amor esteve viva ali e Lisboa esperava-me com encanto também. 

quinta-feira, outubro 10, 2024

Overthinking

Pensar demasiado nas coisas faz mal. Quando deixamos o nosso cérebro em roda viva conduzido pelas nossas emoções é uma caca (para não dizer merda). Acho que às vezes é melhor mesmo sentir o que vai no corpo. Escutar a intuição mais primordial. Acho que algumas das minhas melhores escolhas foram intuitivas e não racionais. Ando a ser racional há demasiado tempo ou a "patinar na maionese" porque o cérebro tenta arranjar justificações para o que intuitivamente parece errado. Acho mesmo que as primeiras impressões são fidedignas. O que diz o corpo? O que diz o espaço dentro do peito? Acho que é melhor escutar estas impressões. Simplificar. 

A vida

 A vida imita a arte.

Air fryer finalmente

Comprei a minha primeira air fryer e ontem tive um cozinheiro lá em casa a fazer um 'crispy chicken' fit delicioso e eu fiz uma abóbora assada para acompanhar. Estou feliz como uma perdiz (é só porque rima, até porque não sei se as perdizes são felizes). Queria ter uma air fryer há muito tempo e como o cozinheiro tinha acabado de comprar uma nova na Amazon, resolvi passar na Rádio Popular e adquirir uma para mim. Com uma sorte dos diabos estava uma das grandes com 50% de desconto (e eu que eu adoro uma boa pechincha). A minha alimentação vai ser menos triste agora, porque basicamente eu comia coisas cruas e coisas cozidas. O assado/frito entra na minha vida de novo e sem gorduras.

quarta-feira, outubro 09, 2024

A história de "o que é para nós será nosso"

Ok. Compreendo o princípio. O que é nosso vai ser sempre nosso e o que não é nosso não vai estar sequer perto, mas a ideia de que o universo nos dá o que precisamos é uma coisa e não fazer nada para isso é outra. É como a célebre frase "Deus ajuda". Sim, Deus ajuda, mas se formos proactivos. A quem fica simplesmente à espera que algo aconteça, não me parece que nem Deus ou o universo ajudem.

A esta altura do campeonato sou também forçado a dizer que para tudo é preciso uma grande sorte. Estar no sítio certo à hora certa. Seja para encontrar um trabalho, um parceiro, um amigo... Sorte. É tudo uma roleta. A vida é esta enorme aleatoriedade, mas para usufruir dessa sorte, ou para que essa sorte aconteça, temos de ir a jogo. Sempre.

terça-feira, outubro 08, 2024

Caju - Liniker


Caju - Liniker


"Será que você sabe que no fundo eu tenho mеdo
De correr sozinha e nunca alcançar?

Eu mе encho de esperança de algo novo que aconteça
Quem despetala a rosa estará lá pro que aconteça?
Nos dias sou carente, completa, suficiente
Quero o amor correspondente pra testemunhar.

Quando eu alçar o voo mais bonito da minha vida
Quem me chamará de amor, de gostosa, de querida?
Que vai me esperar em casa? Polir a joia rara?
Ser o pseudofruto, a pele do caju?"

Inversão de papéis

Depois de uma "string" de dias verdadeiramente fantásticos, o Bruno perguntou-me se eu estava apaixonado por ele ou se estava apaixonado pelo que ele me podia entregar dentro de uma relação. 

É lógico que há um enamoramento, e gosto realmente das características que tem, a sua inteligência,  a sua doçura e gentileza, o físico, a cultura que tem e o facto de ser honesto. Mas ele sente-se desconfortável e acha que é a segunda opção. 

Para mim foi um baque terrível. Isto era o que eu sentia pelo meu ex, que ele gostava de mim apenas pelo que eu lhe proporcionava (o que não era falso). Ver-me nesta inversão de papel foi duro, até porque não corresponde à realidade.

Isto deixou-me muito inseguro. Têm sido dois meses muito intensos, primeiro finalizar uma relação por causa de uma traição, depois fazer esse luto e logo de seguida reencontrar alguém que tem o carácter que sempre desejei e deixar essa pessoa entrar.

É natural que ele tenha medo que eu esteja apenas a curar o que se passou com o Beto, que ele seja o "rebound"  (tem mesmo receio de estar a dar-se e eu depois dizer "afinal não era isto, sorry"). Mas a questão é que eu o respeito a sério e o acho uma pessoa com imenso valor. 

Temos mesmo de perceber como podemos evoluir daqui, ele tem a sua história e eu tenho a minha. Podemos estar a deitar abaixo uma coisa boa por questões de "pele fina". É muito importante que o medo não nos boicote.

Acho vou ser uma espécie de Carrie Bradshaw cinquentona

Não é bem o que eu tinha planeado para a minha vida, mas parece que eu vou transformar-me numa Carrie cinquentona a escrever sobre a minha relação com pessoas do sexo masculino e sobre a minha experiência afetiva com as mesmas. Estou meio a zeros depois de 30 anos de enamoramentos e relacionamentos. A aleatoriedade é enorme. 

Serão as relações e os conhecimentos uma roleta russa ou sou eu que energeticamente atraio tudo o que é difícil ou sou eu que tenho a incapacidade de decidir com quem me relacionar afetivamente?

Esta coisa de não desistir de encontrar a pessoa com quem partilhar a vida é uma cruz. Isto de continuar a acreditar no amor não importa os tombos é uma maldição. Mas a resposta continua a ser afirmativa para estas duas coisas, porque quando deixar de ser é sinal de que uma parte de mim ficou desativada, morta, estéril e não estou disposto a perdê-la.

quarta-feira, outubro 02, 2024

Uma coisa nova que aprendi

Pode dormir-se de conchinha, mas também de mochilinha. Quando um é mais pequeno que o outro e fica a ser a "big spoon" é uma mochilinha. 

terça-feira, outubro 01, 2024

Ainda bem


Ainda bem - Marisa Monte

"Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar assim..."

segunda-feira, setembro 30, 2024

Bam Bam

Así es la vida, sí
Yeah, that's just life, baby
Yeah, love came around and it knocked me down
But I'm back on my feet
Así es la vida, sí
Yeah, that's just life, baby
I was barely standin', but now I'm dancin'
He's all over me (goza)

Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam, bam-bam
Bidi-bam-bam-bam-bam (así es la vida).

Porto

Fui este fim de semana ao Porto e ainda bem. Serralves estava em festa e eu não ia lá há muito tempo. Estive com uma das minhas pessoas favoritas (quem me dera morar na mesma cidade desse meu amigo), conheci pessoas novas. Andei comigo a passear aquelas ruas e que bem me soube. Quando voltei, tive uma enorme vontade de fazer uma paragem na casa de alguém especial que me recebeu de braços abertos e ainda me preparou um jantarinho mega rápido, enquanto eu tomava um duche. Que fim de semana tão feliz.  

Tenho vontade de uma coisa real

A minha última relação obrigou-me a perceber que eu tenho um padrão de homem com quem me relaciono e que esse padrão não é indicado para mim. Eu sou (felizmente e infelizmente)  um romântico, tento sempre ver tudo pela melhor luz, mas a melhor luz pode ser apenas algo momentâneo que se agarra à minha memória como uma representação do real, quando não o é.

Tenho por hábito ter relações que são projetos: o projeto de salvar o outro de uma vida agreste em que não é compreendido ou amado ou valorizado e sou eu que vou compensar tudo isso para ele ser a pessoa maravilhosa que apenas eu sei que ele é. Mas se calhar, tenho de ser forçado a encarar que apenas eu sei disso porque me iludo com o potencial de alguém, alguém que toda a gente percebe ser outra coisa do que eu estou a ver. 

Ninguém se deve apaixonar pelo que pode ser, mas sim pelo que é. E eu a querer sempre reabilitar o que é menos bom concentro-me no potencial e fico com isso como realidade, que mais tarde rebenta na minha cara. 

Vai daí que agora e também devido ao trabalho feito com a psicóloga, tenho as coisas trabalhadas de modo a ser diferente e isso é bom. Pelo menos fui capaz de abandonar uma má situação ao primeiro sinal incontornável de desrespeito. E não abdico agora e no futuro de ser tratado com reciprocidade. Por isso, a atenção ao que realmente é está aqui e reforçada. Tenho mesmo vontade de uma coisa real/verdadeira e isso está nas minhas mãos. Deixar que, pelo menos, a minha perceção seja eficiente, que é a única coisa que eu controlo. 

Grécia

As minha férias em Creta foram dos melhores momentos que já passei. O que se partilhou lá (não só com os amigos que foram comigo, mas com os amigos gregos que tão pouco vejo) foi belo e extraordinário. eu estava a precisar daquelas conversas. Se alguma vez fiz um reset direto foi desta vez. As praias, as águas, a natureza, o sol foram de uma beleza indiscritível. Foi mesmo um descanso bom, e neste processo também fiz uma reflexão sobre o que foi a minha vida no último ano e sobre o que almejo para o meu futuro.

Vim tão cheio de paz, tão tranquilo, e chegando cá a paz manteve-se. E esta vibração foi aquilo de que eu precisava para me abrir à ideia de uma aproximação ao Bruno que manifestou a intenção de um conhecimento mais estreito entre nós. 

sexta-feira, setembro 13, 2024

O Bruno

O Bruno foi um rapaz com que me envolvi antes do Beto, mega corpo, muito giro, adora livros (lê um por semana). As coisas ficaram muito esquisitas entre nós depois de eu começar a namorar o meu ex. Mas há duas semanas, por causa de um post sobre um poema lindo, voltamos a falar. Ele explicou-me as razões pelas quais ficamos num "clima estranho". Eu compreendi e aceitei, falei também do porquê de ter ficado magoado com isso, ele compreendeu e aceitou. 

De alguma forma ele percebeu que eu não estou bem e tem sido gentil comigo. Trabalhamos no prédio ao lado um do outro, estamos no mesmo ginásio, mas não nos vemos com regularidade por causa dos nossos horários.  

Eu disse que tinha adorado umas calças que ele tinha vestido na sua última viagem de férias na Sicília e ele trouxe-me hoje num saco, não só essas calças, mas mais uma quantidade de camisas que acho que eu poderia gostar com uma vibe praia. Isto para eu levar para a Grécia amanhã. Fiquei comovido. Foi um ato de bondade gratuito. E sensibilizou-me a consideração que no último ano acabei por ter em tão pouca quantidade.

Vêm aí as férias

Creta será o destino do meu maior período de férias deste ano. Não é nada do que eu tinha imaginado que seria, mas tudo bem. Vou tentar sacar o máximo de tudo e recondicionar o período para um tempo de procurar conexões, mas agora comigo mesmo. É também uma conexão e provavelmente a mais importante. 

quinta-feira, setembro 12, 2024

Consciência

Tenho uma consciência muito mais apurada das minhas fronteiras e do que considero uma transgressão. 

Next...

A sensação que tenho é a de que estou sentado no chão de uma sala com 11 portas e eu não sei para qual me dirigir. Estou inteiro, sei quem sou, sei o que quero e o que pretendo encontrar, mas estou completamente "sem pistas". Então aproveito para me deixar ficar. Descansar o corpo e as pernas, sentado no chão. Não faço mesmo ideia sobre o caminho a tomar. 

Sei que estou cansado de me meter por caminhos que acabam sempre efémeros (uns mais fugazes que outros). O vislumbre de um novo investimento a ter de ser feito deixa-me ali entre o cauteloso e o preguiçoso. De momento só me apetece descansar e ficar em solo sagrado. Terreno protegido do bem e do mal, neutro. Onde não há alegria, mas também não há tristeza.  É a minha câmara hiperbárica. É o preâmbulo de um novo final que há-de acontecer. É uma sensação de "nada" que é boa, mas é uma sensação de estar perdido ou fora do fluxo real das coisas. 

Não faço ideia de qual deverá ser o próximo passo.  
Não sei quando me volto a mexer.

Sim, é verdade

As pessoas boas podem cometer atos de incrível crueldade.

segunda-feira, setembro 09, 2024

Cheio de amor

Este fim de semana estive na Madeira, vinha armado com toda a minha mágoa para buscar algumas coisas minhas e para colocar um ponto final na minha história com o Beto. O que se passou foi todo o oposto e ainda bem. O Beto procurou um psicólogo e em um mês eu vi uma diferença enorme nele. E foi capaz de colocar por palavras o que antes nunca tinha sido capaz de fazer.

O Beto ama-me muito e sempre amou, mas não tem as ferramentas para estar numa relação. Tem primeiro de resolver problemas muito importantes e estruturais na sua vida, problemas estes que inviabilizam a sua permanência numa relação com estabilidade emocional e sem ativar traumas do passado.

Assim, saio deste fim de semana muito aliviado. Foi muito ao contrário do que esperava. Acabou a mágoa, só a pessoa que nos inflige a dor é que a pode retirar e ele fez isso com todo o esmero e carinho. Não continuamos a nossa vida a dois, mas sabemos que estamos os dois cheios de amor, de respeito e de consideração por cada um.  

Vamos seguir o nosso caminhos sozinhos, porque somos as pessoas certas numa altura errada, mas a bolha de amor está aqui, não rebentou e é bom acabar sem tristezas e ressentimentos. A mágoa foi toda limpa. Estou sereno e ficamos bem um com o outro, a desejar o melhor na vida de cada um. Ele continuará o seu caminho com a terapeuta. Prometemos que não vamos deixar de viver, à espera de que ele resolva as suas questões, vamos procurar a nossa felicidade com a bênção de cada um.  Se isto que aconteceu entre nós tiver mesmo de efetivar, um dia mais tarde - certamente - iremos cruzar-nos de novo.

Foi uma história muito bonita e foi tudo verdade. O Beto nunca mais será o mesmo, como ele mesmo me disse, salvei-lhe a vida, salvei-o do destino que ele teria se nunca me tivesse conhecido. 

sexta-feira, setembro 06, 2024

Odeio o mês de setembro

As relações que comecei em setembro nunca deram certo, as do meu irmão idem. 

quinta-feira, setembro 05, 2024

Maybe

Maybe, just maybe... BM.

segunda-feira, setembro 02, 2024

Embora não ligue muito ao Pedro Chagas Freitas

Há uma ou outra citação que gosto de ler:

"A vida é muito curta para perdermos tempo em algo que não envolva amor".

Esta caiu-me que nem uma luva.

Hoje

Hoje a balança marcou abaixo dos 77kg. Não era algo que estivesse nos meus planos, mas desde que deixei de comer doces que me sinto melhor e gosto disso. Será para manter. Não tenho deixado de comer, mas é claro que mesmo com tudo muito bem racionalizado e integrado, o final de uma relação é sempre impactante, e percebo que o meu metabolismo está acelerado. Estou a lidar muito bem contudo, mas há um vazio que teima a corroer como um ácido leve no estômago. O balanço é, como já disse aqui, positivo. Nunca gostei tanto de ninguém e nunca tratei ninguém tão bem e tornei-me a minha melhor versão. Só isso é um ganho por si. Depois o resto é perceber que a outra pessoa não deu de si como se pensava, não se esforçou como se pensava (estando eu a viver uma ilusão) e há que saber quando voltar as costas e começar de novo. Isso também é um ganho. Tenho 50 anos e sou um homem crescido que sabe quem é, que sabe o seu valor e que sabe o que quer para si. Um dia chego lá, se não chegar sei pelo menos que passei esse tempo a tentar com trabalho e todo o meu coração. Vai ser sempre assim. 

sexta-feira, agosto 30, 2024

A minha mãe disse-me por palavras

Tenho-te de volta, que bom.

Coisas inesperadas

O facto de agora estar no continente com o mesmo tempo que tinha antes faz-me ter um tempo para a minha mãe que antes me estava vedado. Fui com ela mandar fazer os óculos de ver ao perto e ao chegar à loja reparei num rapaz alto, com ar de bad boy, definitivamente gay. Que me viu ao balcão e veio ter comigo. Disse que nos iria atender. 

Escolhi as armações com a mãe. Sentamos, ela fez as medições, etc. E eu no meu "eu" de sempre a fazer as minhas macacadas e a perguntar ao rapaz se ele tinha descontos para breakdancers, que eu podia fazer uma sessão por um desconto de mais 10% aos óculos da mãe.

Quando saí da loja, bateu-me que já tinha visto aquela cara. Fui ao Instagram e lá estava ele. Era um contacto, daqueles com quem nunca tinha falado e identifiquei-me. Ele respondeu e disse-me que era engraçado ter-me nos contactos, não me reconheceu. Ele já tinha saído do serviço, mas quando me viu entrar achou-me muito giro e quis-me atender. Disse-me que gostou muito da minha versão ao vivo e eu perguntei "por ser giro?". E ele disse "não, por seres muito simpático e pelo carinho com que tratas a tua mãe". Então isto valeu de muito para mim. Fiquei mesmo feliz que se note de fora, o amor que tenho dentro. 

PT Fofinho - VI

A vida tem momentos amargos, mas tem muitos momentos doces. Às vezes penso se vale a pena ser tão radical nisto de querer ter valores e ser um bom ser humano. Levo isto muito a peito e a cada desilusão é natural que seja forçado a pensar na minha conduta e se vale a pena, porque encontrar outros com o mesmo ethos se torna cada vez mais difícil. 

Na quarta feira o meu PT estava no ginásio a ser apoio de sala quando eu apareci. Disse-me que eu não estava com boa cara, se algo havia passado. Eu comecei a contar a situação da Irantzu e emocionei-me um pouco. Ele disse "venha lá fora comigo". Quando chegamos lá fora ele disse "venha cá que eu quero dar-lhe um abraço". E deu-me um abraço muito forte.

Ontem de noite recebi uma mensagem pelo Whatsapp, ele saiu hoje de férias, tinha um vídeo meu a fazer o treino da manhã e como legenda:

"Muitos parabéns pelo progresso ao longo deste tempo, tem sido um prazer trabalhar consigo! Gosto muito de si, pode sempre contar comigo quando precisar".

Então sim, acho que vale mesmo a pena continuar a querer/poder ser o melhor ser humano que consigo. 

quarta-feira, agosto 28, 2024

Irantzu

Recebi um telefonema. A Irantzu morreu. Um tumor que a levou em 3 semanas. Desde ter sentido fatiga acentuada, a não existir mais neste mundo. Estou completamente arrepiado. 

Conheci a Irantzu em 2006 numa das fases mais difíceis da minha vida, em que tinha sido traído pelo namorado que muito bem tratei. Fui com uma amiga à República Dominicana e conheci-a no Hotel. Eu não conseguia dormir, não conseguia desligar do que tinha acontecido. Tinha olheiras cavadas e uma tristeza escrita na cara. Houve ali uma conexão entre nós.  Ela disse-me que apesar da minha tristeza eu era felicidade, ela ouvia o meu coração e eu tinha alegria dentro do peito.

Continuamos com o nosso contacto e depois convidou-me para o casamento dela em 2008. Foi uma boda linda cheia de pessoas que eram igualmente maravilhosas, todas atraídas pelo espírito extraordinário da Irantzu. Pessoas do mundo inteiro, porque ela fazia amigos no mundo inteiro.

Hoje, depois de ter sido traído por mais um namorado que muito bem tratei, recebo a notícia da morte dela. É um ciclo que se fecha de um modo tão "redondo". Eu aqui a ter de me lembrar que sou alegria e felicidade por dentro, e o nome dela vem num telefonema.

Ela era mesmo das pessoas mais inspiradoras que conheci, bondade, alegria e empatia em estado puro. Otimismo. A Irantzu tão bela, quase cósmica na sua composição, morre em 3 semanas com um tumor terrível. Viveu uma vida excelente, ao menos isso. O marido era louco por ela e todo os que a conheciam, éramos todos especiais por ela nos amar e querer-nos na sua vida. 

Esta basca foi o maior ser de luz que já conheci. Veio lembrar-me que tenho mesmo de viver cada emoção, pessoas, lugares, como se nada se tivesse passado, porque a minha integridade e dignidade estão intactas. 

A maravilhosa Irantzu partiu deste mundo. Agora, com toda a certeza, quando falar para o outro lado, já não vai ser apenas com o meu pai. 

Acho que a Irantzu me salvou de novo.

segunda-feira, agosto 26, 2024

Sermos donos da nossa narrativa

A nossa vida segue e acontece sem que tenhamos muito controle sobre tudo o que advém de uma fonte externa. Fazemos escolhas mais ou menos informadas através da informação que temos e esse é, ainda, filtrada pelas nossas emoções, o que pode funcionar como um filtro de embelezamento ao que assimilamos.  

Quando nos deparamos com a avaliação de um ciclo terminado, de um período passado que não se revelou o que esperávamos,  uma vez que o tínhamos filtrado largamente por uma boa luz, temos de fazer opções de gestão e creio que essa gestão passa pelo controlo da nossa narrativa. O que narramos para nós. A nossa história é o que a nós queremos que ela signifique para nós. Independentemente de tudo o que ela foi. Se eu quiser escolher que fui muito feliz, posso apagar os elementos da desilusão e focar apenas no que de bom senti. E seguir a minha vida com sensação de gratidão em vez de seguir a vida com uma sensação de amargura.

É certo que tive os melhores 18 meses consecutivos da minha vida. Conseguir isto aos 49/50 anos tem um aspeto muito reconfortante. Quer dizer que ainda há vida pulsar e que o percurso vindouro depende exclusivamente de mim e do mesmo processo que me levou à paz alcançada no segundo e terceiro trimestres de 2023 quando eu era sozinho e me dediquei exclusivamente a cuidar do meu bem-estar físico e emocional. 

Eu tenho sido feliz não importa o que me possam ter feito ou não. Consegui ser a melhor versão de mim mesmo, nunca me orgulhei tanto da minha conduta, dos meus valores, é nisso que tenho de me focar. Quando tudo parece ser diferente do que pensávamos, nós continuamos a ser nós. E se no nosso coração fomos empáticos, honestos, generosos e respeitadores, nós fomos felizes (e é para manter).

domingo, agosto 25, 2024

Fim de semana produtivo

Este fim de semana eu lavei e arrumei as dispensas, arrumei os guarda-fatos, escolhi roupa e sapatos para despachar. Há que jogar com os limões que tenho recebido e fazer uma tarte de limão merengada (de preferência).

Fernando

Conheço Fernando há 6 anos. Hoje é o dia de anos dele e ele veio passá-lo comigo, até ao final da tarde, antes de ir para o jantar de família. A sabedoria de que ele é capaz é incrível, acabo por esquecer que ele tem apenas 27 anos. Teve uma vida muito complicada até aos 16 anos e acho que a forma que encontrou para lidar com os seus traumas, acabou por lhe dar muito jogo de cintura, um jogo de cintura que não se importa de partilhar e eu agradeço. 

O Fernando consegue fazer-me pensar em coisas incríveis a respeito do que for que me apoquenta. É alguém que me é muito querido. O Limão adora-o e isso é qualquer coisa mesmo (hoje até lhe lambeu as mãos). Devia falar mais com ele. Ele vive em Brighton o que não facilita, mas tenho de o rentabilizar mais. A madurez dele inspira-me.  É o que precisamos, pessoas que nos inspiram. 

sexta-feira, agosto 23, 2024

Nova Fragância

Nunca pensei voltar à Yves Saint Laurent para um perfume apesar de La Nuit de L'homme ter sido um dos meus absolutamente favoritos há uns largos anos atrás. Ontem por casualidade cruzei-me com o MYSLF. Não sei se foi por estar numa fase em que tenho de mimar o meu self ou se porque gosto muito de cítricos amadeirados, a verdade é que causou uma impressão muito forte em mim e tive de o comprar. Estou muito satisfeito. Tenho agora três como fragâncias base:

- MYSLF, YSL

- Rain Essence, Bulgari

- Code, Armani


quarta-feira, agosto 21, 2024

1 ano

Faz hoje um ano de um dia em que se podia cantar "hoje é o primeiro dia do resto da minha vida". O tempo não para e a vida também não para de acontecer. 

Sou

 Sou um homem que nunca vai desistir da sua ideia de felicidade até ao último sopro de vida.

terça-feira, agosto 20, 2024

Suave e convulsa



Reflection - Alexander Stewart

Deadpool & Wolverine

O terceiro tomo da série não foi nada do que estava à espera, mas adorei. Atrevo-me a dizer que foi bem melhor do que o segundo filme. O humor inteligentíssimo de sempre, os trocadilhos, tudo lá - levado a extremos mais escatológicos e sexuais - mas tudo muito bem feito sempre, com "gosto".  

Se o humor ainda não esgotou ao terceiro episódio (que desta fez incluiu também alguns elementos dramáticos bem conseguidos) venha o quarto tomo da série para nos continuar a divertir para lá das fórmulas básicas do humor americano. 

17/20

segunda-feira, agosto 19, 2024

Pedi um sinal

Pedi um sinal e chegou aquela fotografia do primeiro dia na aldeia. Espero que não seja uma coincidência. 

Quando tinha 40

Quando fiz 40 anos realizei uma sessão fotográfica para comemorar a data. A fotografa quis que eu tirasse a barba e todo o pêlo. Algumas fotos ficaram mesmo muito boas, mas eu não me reconheço exatamente nelas, até porque, pouco tempo depois, a barba tornou-se uma coisa definitiva. Agora sem o ter planeado vou acabar a fazer uma nova sessão fotográfica (culpa de uma das agências que falei no post anterior). É a vida. Mas fico com este registo de como era aos 50, e quem sabe faço o mesmo aos 60.

Inscrevi-me em duas agências de talentos

Hoje em dia chamam-lhe agências de talentos, mas são agências de modelos. O meu interesse foi fazer parte do segmento 'Real People' e ver se consigo fazer uns trabalhinhos em publicidade apesar de saber que as coisas não são muito fáceis para homens de cabelo rapado, mas como corpo ajuda, pode ser que consiga em desporto. Foi a maneira que encontrei de acrescentar uns cobres ao orçamento mensal. 

Curiosidades

Atingi de novo o peso que tinha com quinze anos. Hoje a balança marcava abaixo dos 78kg e aos quinze não tinha tanto músculo como tenho agora, mas a altura era a mesma. Acho que nesse tempo tinha menos sonhos e menos desejos do que tenho hoje. 

Roleta russa

Acho que a minha consciência já expandiu o suficiente para perceber que as coisas que nos acontecem não são desprovidas de sentido. Há sempre algum significado no quadro maior das coisas. Não obstante, tudo requer luto e esses lutos são feitos com intensidades diferentes. Todos temos o nosso "calcanhar de Aquiles" quando se tratam de fazer uma gestão emocional. Mas tudo se passa tão somente por que estamos vivos e a vida acontece. É tudo uma enorme roleta russa. 

segunda-feira, agosto 12, 2024

Irregularidades

As irregularidades da linha temporal são extraordinárias e imprevisíveis. Entre março de 2023 e agosto de 2024 vivi um dos melhores períodos de paz e tranquilidade da minha vida. Tudo se organizou e tudo fluía. Agora mesmo, uma das partes rebentou. O mercúrio retrógrado faz dessas coisas parece e a minha paz foi abalada. Eu pensava que estava a fazer o luto de algo por vir, de forma boa, mas ninguém nos prepara para uma perda terrível, mesmo que digamos que está tudo bem. As emoções insistem em andar num alvoroço e a dor instala-se, mas aceitando a desilusão passageira não deverei perder a infinita esperança. 

terça-feira, agosto 06, 2024

Rachel Chinouriri - Robbed (Official Audio)


Robbed - Rachel Chinouriri

(Quando somos feitos prisioneiros por um riff de guitarra. Foi o que me prendeu e ainda prende a esta canção)

segunda-feira, agosto 05, 2024

Conversas

A falar com uma amiga (à minha frente) o Beto verbalizou que ainda não sabe se vem para Lisboa ou não. Continua ali dividido com a decisão e está tudo bem comigo. É mesmo o contrato de trabalho que vai decidir a coisa. Tem sido uma viagem bonita, esta nossa, e continua a ser. Mesmo podendo acabar em 6 meses, está mesmo tudo bem comigo. Estar numa relação, assim de modo tão leve, apenas focado nos sentimentos e no nosso bem-estar é uma nova aprendizagem, mas parece que integrei tudo muito bem.

Quem diria

Quem diria que eu ia passar uma tarde a construir um 'walk in closet' para a mãe do Beto e que depois disso ela me passaria as rédeas da sua cozinha para eu fazer o jantar como eu quisesse, sem ela dar palpites. Ela normalmente é muito impositiva, assim que isto foi um salto quântico. Graças a isso cozinhei as melhores lentilhas da minha vida e ainda uns bifinhos de peru com cogumelos "ao alhinho" porque o Beto se não tiver uma proteína animal é como se não tivesse jantado. Toda a gente ficou satisfeita.

Pool Party

Este sábado fui experimentar uma 'pool party' aqui na Madeira e amei. Não me lembro de quando foi a última vez que me diverti tanto. Fartei-me de dançar, de beber copos, e conheci uma rapariga espetacular (melhor amiga de uma amiga do Beto) com quem tive também uma química quase instantânea. 

Fiquei muito feliz por esta amiga do Beto estar ali e de ver o carinho que lhe tem. O Beto não tem sido a pessoa com mais sorte a escolher amigos, e infelizmente alguns deles não tiveram a mesma lealdade que ele, ou os mesmo valores - apesar de eu achar sempre que o que presta é bom que saia da nova vida mesmo que venha com um choque ou desilusão profundas.  Deixa espaço para algo melhor. Assim, quando encontro pessoas que o rodeiam e que o estimam realmente fico muito feliz, sei que ele tem pessoas verdadeiramente o apoiam e que estão ali para ele caso seja preciso.

Quero ver se consigo vir à pool party de setembro. Sempre fui um bocadinho preconceituoso com estas coisas, mas como já disse aqui o Beto tem-me feito abrir os horizontes e aceitar coisas que antes considerava parolas ou azeiteiras, talvez porque eu estava a ser um bocadinho snob.  Se é para estar feliz, numa boa energia e vibração, então tudo é bom. 

quinta-feira, agosto 01, 2024

Conflito em Gaza: Myriam François tem a coragem de dizer publicamente o que deve ser dito.



Ver alguém que expressa perfeitamente o que se passa nos territórios Israel/Palestina desde antes de 1948 é um lufada de ar fresco sobre a narrativa ilusória e demagógica que aponta Israel como uma vítima. Agradeço por isso à jornalista Myriam François

Não atenua, contudo, o meu profundo nojo por todas as pessoas que apoiam política de segregação racial e de limpeza étnica (com base na desapropriação de terra ou de genocídio) do Estado de Israel sobre o povo Palestiniano. Adoraria poder acreditar no Karma e numa justiça divina, mas o mundo de hoje mostra-me que a justiça é uma idealização. Nada mais. 

terça-feira, julho 30, 2024

Primeiro fim de semana em família

Este fim de semana o Beto esteve a passar com a minha família toda na aldeia. Foi tudo muito tranquilo. ninguém se estranhou. Ele já tinha estado em almoços ou jantares com eles, mas assim dias seguidos foi a primeira vez. Ele sentiu-se muito confortável e eles também. Todos gostaram de todos. Foram uns dias felizes. 

sexta-feira, julho 26, 2024

Ou tudo ou nada

Queria experimentar uma sunga estreita (porque eu uso sempre as largas ao estilo brasileiro clássico) e em vez de comprar uma comprei quatro. Agora fico com quatorze em casa, o que significa que tenho de mandar algumas para outro paradeiro que isto é um despropósito.

Falta de noção.

Às vezes as pessoas deveriam ter a noção de que existem pesos relativos e que conforme a natureza da nossa relação com o outro, podemos (ou não) dizer certas coisas. O impacto de um mesmo comentário dito por duas pessoas diferentes é totalmente diferente. Há coisas que têm de ser acauteladas se realmente gostamos de outra pessoa e queremos que se sinta bem com a sua autoestima. 

Tirei ontem o aparelho dos dentes

Finalizou ontem um processo que durou 21 meses.  Quando tirei o aparelho senti-me, primeiro, despido. Depois sorri e não era bem a minha boca, então senti-me estranho. Parece agra que os dentes ainda estão à procura da sua posição final. Estou demasiado consciente das sensações bocais. Mas estou contente com o resultado. Demorei 15 anos para tomar a decisão e tenho de a agradecer ao Ex. Na realidade foi ele que me incentivou a mudar a única coisa que me incomodava em mim. Está tudo bem agora. Não há absolutamente nada que eu não goste em mim. Vivo bem contudo. Não acho grande graça aos cotovelos, mas quase nunca os vejo, por isso, tudo em alta.

quinta-feira, julho 25, 2024

PT Fofinho - V

Fiquei a sentir-me um bocado mal por não ter percebido que o avô do meu PT já tinha morrido. Ele, de facto, disse-me que nunca tinha viajado porque preferia passar o tempo livre com o avô. Mas a verdade é que me procurava dicas para viagens e estava a viajar e eu não liguei uma coisa à outra. No outro dia tivemos esta conversa:

pt: se tivesse um super poder qual gostava de ter?
eu: a sabedoria total de tudo o que existe. 
pt: a sério? não cria assim uma coisa menos individual?
eu: que poder é que tu gostavas de ter?
pt: eu gostava de  ter o poder de trazer pessoas de volta à vida. 
eu: mas isso porquê? para trazer de volta algum líder mundial histórico, alguém que mudou o mundo?
pt: não para trazer de volta o meu avô

Foi nesse momento que me toquei. Eu adoro aquele miúdo com corpo de action man. O avô foi quem o criou e ele tem uma lealdade aos seus amores extraordinária. Inspira-me tanto. E devo a ele a minha melhor forma física de sempre. Ele faz-me estimar-me.

quarta-feira, julho 24, 2024

Novas atribuições

Tenho novas atribuições no trabalho. Estou contente e expectante. Sei que vai ser trabalhoso, mas estou novamente nas relações internacionais puras e duras. Apesar do meu gosto particular por trabalhar com a América Latina, fiquei com os assuntos europeus, o que também não está mal. Pode ser faça uma boa rede de contactos e que novas perspetivas se abram.

Não percebo

Não percebo esta necessidade que as pessoas têm de postar fotografias no Instagram a dizer a temperatura que está. Who cares?!

terça-feira, julho 23, 2024

Na última sessão de psicoterapia

Cheguei a uma realização muito bonita na última sessão de psicoterapia. Apesar de saber que a minha relação com o Beto pode acabar por ele não ser capaz de sair da Madeira. Não estou amargo em absoluto. Aprendi imenso com ele ao longo destes 10 meses e permitiu-me viver a relação de namoro mais saudável que alguma vez vivi. A partir de agora sei exatamente como quero estar numa relação - o respeito, a partilha, a comunicação, a generosidade - e o que quero ser como parceiro para alguém.  É tão fácil dar tudo de mim num ambiente tão saudável. O Beto deu-me uma fasquia para a vida. Gosto muito de mim nesta relação e isso só é possível por estar com alguém "limpo".  Já tinha tido um homem muito parecido com o Beto na mesma nobreza de carácter, mas mais explosivo e extrovertido. Sem dúvida foram as melhores pessoas que namorei, mas natureza doce do Beto, saca tudo o que há para sacar de bom em mim. Já sei que tipo de relação saca o meu melhor até à última gota. Só posso estar grato por isso. Aconteça o que acontecer, saio daqui mais sábio e por isso melhor pessoa.

O fim de semana na Madeira

Este fim de semana na Madeira foi muito bom. Gosto muito das conversas que tenho com o Beto nas promenades. Parece que esses passeios nos deixam sempre muito confessionais. Fiz praia num sítio lindo e tive também a oportunidade de passar a tarde com um casal amigo, herdado da minha vida anterior lá na ilha, e foi simplesmente estupendo. Leve. A amizade verdadeira é à prova de bala. 

quinta-feira, julho 18, 2024

Descoberta

 Descobri hoje que existem mulheres em Portugal com 'Briolanja' como nome próprio.

Honestidade


 

quarta-feira, julho 17, 2024

Contagem decrescente

Mais um fim de semana na Madeira se aproxima. Espero que seja um dos bons. Estou com alguma expectativa porque  há bons planos pelo caminho, mas os planos são apenas um potencial de algo. Numa nota positiva, nunca pensei que a Madeira fosse tão grande como é. Numa nota negativa, nunca pensei que a Madeira fosse tão pequena como é. 

Tornar o mau em bom

Estando condenado a três dias de aborrecimento máximo, resolvi transformar o negativo em positivo e fiz uma atualização do meu blogue de arte, com quase quarenta novas entradas. O tempo morto tornou-se um tempo útil (happy face). 

Dormir

 Sabe mesmo bem adormecer com o Beto. É talvez a pessoa com quem mais gostei de adormecer até hoje.

terça-feira, julho 16, 2024

Direções da vida

 


I am Celine Dion

Acho que já tinha referido aqui no burgo que não sou exatamente um fã da música da Céline Dion, mas sempre gostei da energia dela. Alguém que ama a música (mesmo que possa ser pirosa), que não se leva demasiado a sério e exala uma aura de bondade e dignidade. 

Quis ver o documentário sobre a Céline porque tinha lido no Facebook que era muito bom e que ela era afinal surpreendente. 

O documentário é realmente surpreendente. Não é sobre a carreira dela (embora seja inevitável fazer esse percurso), é sobretudo sobre uma mulher diagnosticada com uma doença autoimune rara que a impede de fazer exatamente aquilo que define a sua identidade - cantar. Mas a doença também é debilitante e dolorosa. 

Acho que é aqui que a Céline Dion se destaca das outras celebridades. Os documentários apresentam em geral as pessoas no seu melhor, mesmo quando tratam as suas lutas e desafios, sempre sob a sua melhor luz.

No caso, a Céline mostra-se na sua face mais crua, com uma honestidade desarmante, porque não quer mentir mais e a imagem não é bonita. Ela usa uma metáfora de ser uma macieira que quase não dá maçãs e na fila para recolher as maçãs continua o mesmo número de pessoas de outrora. Ela sente-se um fraude. 

Mas não é tudo triste e duro. Há muita beleza na coragem dela, na perseverança e na luta que leva a cabo para conseguir amenizar a doença (porque vencer é impossível). Também é enternecedor ver como ela sempre viveu a música. A verdade com que acredita no amor, na força da vida. 

Depois de ver esta peça documental, o meu respeito por ela adensou. Até olho para o seu cancioneiro de uma outra maneira. E o título 'I am Céline Dion', é muito adequado. Mesmo quebrada continua a ser força, arrisco-me a dizer que talvez a mais digna das divas contemporâneas. Sem
dúvida a mais autêntica. 

Mais uma sessão

A sessão de ontem de psicoterapia serviu para comparar resultados (respostas) de um questionário sobre esquemas cognitivos, com um ano de distância O dado mais curioso acaba por ser algo que é recorrente em mim e que terá a ver com a minha história (eventualmente). Sempre que estou em paz e com ansiedade nula ou reduzida, isolo-me socialmente. Apesar de ser sempre sociável, não procuro contacto social. Sinto-me bem e feliz sozinho, começo desinvestir na proximidade social. Então acabo por ter de fazer um esforço para não perder o contacto com as pessoas do meu ecossistema. Outro aspeto curioso é o autossacrifício. Quando estou muito bem, é quando acabo por fazer coisas que não me apetecem fazer em prol dos outros. Normalmente este traço está associado a quem necessita da aprovação alheia, não se importando  de anular ou suprimir as suas necessidades em prol dessa aprovação. 

Mas no fim de contas o que interessa é que houve uma evolução interessante e que é muito mais difícil ficar ativado com coisas e pessoas. É o que se tem pretendido deste processo de psicoterapia. Manter as emoções pacificadas e não entrar em esquemas cognitivos desajustados e negativos.

Cute song.


What you know - Two Door Cinema Club

segunda-feira, julho 15, 2024

Emocional

Correndo o risco de parecer pedante diria que sou até bastante inteligente, mas tenho uma grande desvantagem: sou muito emocional. Os inteligentes racionais, são mais argutos e dissimulados, exímios no controlo. Perdi sempre quando encontrei pessoas inteligentes racionais. Alguns deixei de os ver faz um bom tempo e continuo a perder. As pessoas emocionais não conseguem ser neutras nas suas narrativas e a verdade raramente o é. Mas a emotividade é inimiga da crença.

Falta a calma para o embuste ao inteligente emocional. E os embustes bem narrados podem durar anos. 
Gosto muito da escrita da Martha Medeiros e há um poema dela (Quando chegar aos 30) que está a bater certinho com os meus 50, quem sabe também um dia baterá com os 90. 

...
quando chegar aos 50
serei livre, lindo e forte
terei gente boa do lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe.


e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.

O Homem com 1000 filhos

Este documentário da Netflix tem tanto de interessante como de assustador. No caso remete para a indústria da inseminação artificial e dos bancos de esperma. A facilidade com que um homem ludibriou os serviços (e vendeu serviços online) para poder ser pai de um enorme número de filhos que agora estão espalhados numa região contigua e que representa um enorme risco de consanguinidade no futuro. A ver.

Aceita que dói menos

Tenho a perfeita consciência de que não podemos agradar a gregos a troianos e que o amigo de um é inimigo do outro. Mas continua a chatear-me muito que se passe por cima do sofrimento alheio sem pelo menos reconhecê-lo. Vamos supor isto:

Eu tenho um amigo que arranja um namorado. O meu amigo não se porta nada bem com ele e eu até testemunho e até lhe digo que ele deveria sair daquela situação. O outro acaba, despede-se de mim e sem pedir nada da minha parte eu digo que quero continuar a vê-lo. Depois percebo que o meu amigo (que comigo é porreiro, apesar do que fez ao namorado) não gosta muito que esta ligação exista e como o outro até está longe o melhor é ir desaparecendo de mansinho da vida do outro, assim como quem não quer a coisa para o meu amigo voltar a confiar em mim e o outro achar que foi um afastamento progressivo e natural. Isto aconteceu-me, mas fui eu o que viu alguém desaparecer de mansinho.

Continuo a achar difícil de engolir que as agendas pessoais de cada um sejam mais importantes que a verdade ou a justiça, ou simplesmente a transparência. Acho reprovável que uma pessoa vá atrás de outra, que não lhe pediu nada, para lhe fazer juras que não pretende cumprir. 

Viver num mundo verdadeiro e justo é complexo. Nem todas as pessoas de que gostamos têm poder de encaixe para tal. É difícil e faz-nos perder coisas. A maior parte das relações entre pessoas obedece a estratégias para obter o máximo das pessoas e das situações. Mesmo que isso signifique ser injusto e/ou enganador para terceiros. 

Só tenho de aceitar que este é o mundo em que vivemos e que não há volta a dar. Há de haver sempre pessoas com interesses que se sobrepõem à justiça ou à verdade, quanto mais não seja para se protegerem ou para terem o mínimo de chatices. Isto acontece até com governos (que são entidades supra) por isso com pessoas mais ainda. 

O mundo não é um lugar de verdade, apesar de ela existir no mundo. Só tenho de integrar a realidade e vai fazer menos confusão. Compreender que é assim já o faço, não concordo apenas que prometamos a terceiros coisas que não fazemos intenção de cumprir. E se por acaso inicialmente até tínhamos intenção de cumprir, quando deixamos de ter damos uma justificação e partimos. Não fingimos que está tudo bem e saímos de mansinho. 

Há sempre uma parte de nós que clama por justiça pessoal ou universal, porque quando deixamos de acreditar num mundo justo ou em amizades justas, então o que resta para acreditar? Ao mesmo tempo, tudo isto é apenas um processo depurativo e é por isso que embora não deixe de ser triste a falta de transparência, por outro lado é a fruta podre a cair sozinha da árvore. Deixando o que é sano. No final de contas tudo é aprendizagem e contributo para uma vida melhor. E só está ao meu alcance o controlo da  minha palavra e das minhas ações. 


quarta-feira, julho 10, 2024

OMG

Mais uma semana a conviver com académicos. Estão tão fora de tudo. Incrível. Estou mesmo em dificuldade em manter-me acordado. Divagação e mais divagação. Dessem-me dinheiro por cada preciosidade que oiço. 

sexta-feira, julho 05, 2024

Escolhas

Eu não me importo nada de não ser uma escolha de alguém para ser íntimo. Eu também não escolho toda a gente. Na realidade, os meus íntimos são até bem poucos. 

Jurar pelo meu pai

Quando algo é mesmo muito sério e existe uma dúvida, eu juro pelo meu pai. O meu pai é a referência mais sagrada e mais importante da nossa família. O significado do meu pai é tão puro para nós que jamais usaríamos o nome desta pessoa que amámos (e amamos) tanto em vão. Não o faço recorrentemente, apenas quando acho que há uma desconfiança irracional a pairar no ar. 

Na minha última relação acabei por perceber uma coisa,. Quem nunca teve uma referência assim importante na sua vida, quem nunca foi amado como o meu pai nos amou e cuidou enquanto família, quem nunca teve algo de sagrado na sua vida e quem e incapaz de sentir o tipo de amor que eu mãe e irmão sentimos pelo meu pai (e pela sua memória), nunca vai perceber a importância da jura e a verdade que trás agarrada a si. 

quinta-feira, julho 04, 2024

Pensamentos aleatórios

Entre ter de conviver três dias inteiros com a comunidade académica e chupar pregos, acho que chupar pregos acaba por ser uma atividade mais aliciante.

O que vai volta...

Tento sempre guiar as minhas ações com base na empatia pelo próximo e vejo que é a abordagem certa. Antes da pandemia ajudei uma colega que estava sozinha a fazer um trabalho hercúleo e deu-me pena ir embora e deixá-la ali a trabalhar "solo" a ir sabe-se lá a que horas para casa. 

Estou à quatro dias no pior processo de avaliação que fazemos aqui no trabalho, estou 10 a 12h colado a uma cadeira a gerir uma reunião que sou eu a projetar a plataforma e o único com autorização para fazer alterações.

Hoje nem tive 20min para comer e ir ao WC. Ela passou este piso e viu que era eu que estava na sala. Ia almoçar e perguntou se eu vinha. Eu disse que estava em agonia, nem café conseguia tomar. Ela foi à rua e trouxe-me um café e um pastel de nata e depois é que foi almoçar.

ps. sempre gostei de ruivos

quarta-feira, julho 03, 2024

Aniversários

Foi sensivelmente há 1 ano que o Beto entrou na minha vida como conhecido, lá para o fim de agosto era um amigo e lá para o fim de Setembro era namorado. Foram três meses de uma descoberta feliz que me apanhou de surpresa, e contra a qual lutei ativamente. Ainda bem que perdi. 

sexta-feira, junho 28, 2024

Será que não usa gel?

Como é possível que um utente do meu gym, um jovem francês musculado a beirar os 30 (diria), cheira super mal a suor e depois de sair do banho  continua a cheirar a suor (tipo leite azedo). Não deve usar gel, penso eu.

Nada = Nada

Chego ao trabalho hoje e tenho o parque de motas preenchido por dois carros e o polícia um pouco mais abaixo a falar ao telemóvel. Fui ter com ele e disse que os carros estavam a tapar todo o estacionamento e que deviam ser rebocados, eles respondeu-me que não tinha visto os carros a estacionar e continuou a falar ao telemóvel. E é isto. Estacionei a mota em cima do passeio, onde a polícia embirra, sem outra opção. Estamos entregues aos bichos.

quinta-feira, junho 27, 2024

O que eu gosto desta canção de 1989


Real Love - Jody Watley

Amor e paixão

Diz Platão, filósofo grego, que a paixão é o desejo de vislumbrar algo que não consiste na realidade essencial, ou seja, é o contentamento em viver-se com um ideal imaginário. A paixão é capaz de alterar aspetos do nosso comportamento e pensamento da pessoa, que passa a demonstrar um excesso de admiração por aquilo que lhe causa paixão, assim como uma forte atração sexual. A impulsividade e inquietação também caracterizam este estado.

René Descartes, pensador iluminista, definiu o amor como uma emoção da alma que nos leva a uma união voluntária com quem nos faz bem. Costuma-se dar o nome de amor verdadeiro a um sentimento muito forte de afeto entre duas pessoas, um sentimento tão intenso que pode unir essas duas pessoas sob muitas circunstâncias, dificuldades e provações.

Ter lido estas duas definições pareceu-me o resumo das minhas duas últimas relações. Na anterior apaixonei-me perdidamente por alguém imaginário e na atual relação, não querendo minimamente ligar-me à pessoa em questão, acabei por desenvolver um enorme afeto pelo facto de ele me fazer bem. 

Amar... de novo

Sinopse: Para acalmar a dor pela morte do seu noivo, Mira Ray envia SMS com pensamentos soltos para o antigo número de telefone dele, que julga estar desativado. Contudo, esse número foi entretanto atribuído a Rob Burns, um jornalista musical que, incapaz de gerir a situação, não lhe responde e se vai deixando envolver na sua história de amor. Mais tarde, durante uma entrevista a Céline Dion, uma das cantoras mais românticas de sempre, Rob partilha o que lhe está a acontecer, explicando o quanto todos os dias anseia pelas palavras dessa desconhecida. É assim que os dois criam um plano para, discretamente, descobrir a pessoa por detrás daquele enredo.

O filme com as interpretações de Priyanka Chopra Jonas e Sam Heughan, não é mau. É apenas igual a tantas outras comédias românticas e previsível. O que vale realmente a pena é ter a Céline Dion numa representação de si mesma durante todo o filme e a candura com que relata algumas coisas da sua vida e do seu grande amor pelo marido. E não se pode se melhor ator quando as deixas são todas verdades no nosso coração.

14/20

quarta-feira, junho 26, 2024

Se calhar...

 Amanhã tiro o aparelho dos dentes, 20 meses depois de tudo ter começado. 

terça-feira, junho 25, 2024

Ser piroso em 2 segundos...


Fizemos uma foto daquelas pirosas "à la influencer" justamente para ser pirosos e agora temos todas as pessoas conhecidas a chamar-nos pirosos. Portanto, tarefa cumprida hahahaha...

 

segunda-feira, junho 24, 2024

Empréstimo

Fui emprestado por uns meses a outro departamento do meu Instituto. Não tenho tanto préstimo para eles como poderia porque simplesmente odeio o trabalho e o ambiente de trabalho. Não me identifico de todo e mesmo as coisas que sei fazer muito bem não me apetece fazer. Estou completamente em piloto automático, envolvimento emocional zero. E assim vai ser até agosto. Bah...

sexta-feira, junho 21, 2024

3 anos depois, mas antes tarde que nunca...



Keep me - Novo Amor

O meu big boy

O meu único irmão fez ontem 56 anos. Passámos uma noite muito simpática em casa dele, com a minha mãe e a minha sobrinha, e eu enganei-me no nome dele a cantar os parabéns (não sei como aconteceu, mas foi o riso geral).

Gosto muito do meu irmão, tenho tendência a ser muito protector com ele e ele apresenta-me como o irmão mais velho (apesar de eu ser 6 anos mais novo). A vida dele tem sido bastante instável profissional e sentimentalmente. Sinto que não consigo estar descansado, até o ver realmente estável. 

Tenho sempre aquela ideia, errada certamente, de que o mais velho tem de ter sempre mais juízo, mais sabedoria e ser mais organizado, mas não flui nessa direção.  Se o pudesse organizar eu, já ganhava o dia. Ando até com vontade de lhe arranjar uma namorada, porque acho que ele não escolhe bem (e os três casais que eu juntei têm sido um sucesso). 

No fundo o meu amor pelo meu irmão causa-me um bocadinho de desespero. Só quero que ele esteja seguro e bem. Mas ele é mais velho do que eu e não devo, em momento algum, andar a gerir a vida dele. Restam os conselhos e um ombro de mano. 

Madeira again.

Depois das férias entrei numa semana de trabalho daquelas que nos azedam até ao osso. Difícil e trabalhoso. Cheguei a 5a feira esfrangalhado e hoje dormi 3h, para poder apanhar o primeiro avião da manhã para a Madeira. O Beto insistiu em ir buscar-me e ficou tudo melhor. 

quinta-feira, junho 20, 2024

Billie Eilish no seu melhor


Birds of a feather - Billie Eilish

Limão

O meu gato está tão gordo. E como sempre a mesma quantidade de comida (que é pesada) faria se não fosse assim. Está a ficar muito menos ativo. Já não come as moscas e os mosquitos todos da casa.

quarta-feira, junho 19, 2024

Tesouros

Li hoje "é feliz quem tem o dom do contentamento". Já Lao Tzu dizia:

"A saúde é a maior posse. O contentamento é o maior tesouro. A confiança é o maior amigo".

Preconceito

Tenho um forte preconceito contra a comunidade científica em Portugal. A maioria dos nossos cientistas (com particular incidência nas Ciências Sociais - a minha tribo) são pessoas bastante desgarradas da realidade, fechadas na bolha académica e com dificuldade de compreensão do que não é "académico". A capacidade técnica dos mesmos é bastante limitada quando não se cingem ao seu objeto de estudo. Mas quando são chamados a fazer coisas como uma avaliação, perdem-se no académico e não saem do que é o seu dia a dia. Sempre pensei que um doutoramento daria elasticidade de pensamento, mas não.

terça-feira, junho 18, 2024

Férias na Andaluzia

Aproveitei esta semaninha dos feriados para fazer umas férias com o Beto na Andaluzia.  Um grande amigo (ex namorado) mora em Málaga e ficar com ele seria uma maneira de  visitar (matar saudades) e ao mesmo tempo poupar em aluguer de carros e estadias. Como estava a trabalhar ele emprestou-me o carro para andarmos (eu e o Beto) a visitar as povoações e algumas cidades emblemáticas da região.

Viajar com o Beto é sempre uma experiência muito bonita porque ele tem sempre uma abordagem humilde e grata pelo que está a viver. Como nunca viajou muito, cada sítio novo enche-o de um contentamento muito genuíno que me faz pensar nas coisas que realmente valem a pena e que podemos ser felizes com pouco. 

O périplo começou por Málaga. Visitamos as cidades de Córdoba, Ronda e Granada e as povoações de Mijas, Frigiliana, Nerja, Setenil de las Bodegas e Júzcar. A cereja no topo do bolo foi fazer o Caminito del Rey - a travessia de um desfiladeiro a 45 metros e no final a 105 metro de altura. 

A Andaluzia é uma terra cheia de beleza, faltou fazer o cantinho mais a este (Almeria), mas fica para uma outra vez, num fim de semana daqueles mais larguitos e vamos de carro (9h). Se o Beto vier viver para o continente, será muito mais fácil as nossas deslocações. Se ficarmos como estamos e acabarmos como amigos, teremos sempre recordações estupendas como as destas férias. Que bom foi tudo.

Os homens da minha vida

Não é todos os dias que temos oportunidades de estar no mesmo espaço com os melhores namorados que já tivemos. Estas férias em Espanha, fiquei em casa de um ex-namorado (que adoro) com o Beto e foi muito especial ver como eles o quanto se deram bem e o quanto gostaram um do outro. Gosto sempre de ver o Beto a sair do seu casulo com pessoas que não conhece, porque isso é muito raro (dado que tem uma natureza tímida). Foi um convívio estupendo e tocou-me de certa forma estar ao mesmo tempo com eles e perceber a sorte que tive ao cruzar-me com estes dois seres humanos. Sem dúvida nunca namorei ninguém com tão bom coração como eles apesar do Beto ser a água e o Fer ser o fogo. Mas quando duas pessoas têm o mesmo fundo só se podem dar bem. 

sexta-feira, junho 07, 2024

Descobri tarde, mas adoro



Matilda - Harry Styles

Acho esta canção verdadeiramente maravilhosa. Tão delicada no assunto que aborda e a deixar a personagem principal crescer ao longo da canção. Muito, muito bonito mesmo. O Harry Styles não desilude. É a Pop Star do momento, bem jeito de quando as estrelas ainda eram estrelas.

O cota

Foi engraçado estar a relembrar os "velhos" tempos com a melhor amiga do Beto. No início ela referia-se a mim como "o cota".  E até me ter conhecido achava que um "cota enxuto" só serve mesmo para umas quecas e depois é metê-lo a andar. Acabou por perceber que eu era uma mente muito liberal e às vezes até demasiado à frente para o estilo discreto e conservador do Beto (para eu ir com calma). Ainda não passou um ano e parece que já temos anos de convívio debaixo do braço. Agora sou apenas o Miguel. 

segunda-feira, junho 03, 2024

Fim de semana a não esquecer

Este fim de semana teve tanto de belo como de difícil. Passei quase um dia inteiro num dos meus lugares favoritos da ilha - a Ponta de São Lourenço e tive momentos de partilha muito bonitos. Talvez tenha feito a análise mais pura de sentimentos que alguma vez realizei. Por outro lado, existiram momentos duros. Se a decisão de vir para Lisboa é algo que provoca receio no Beto, depois de uns amigos dele terem acabado a "relação perfeita" de 7 anos, ele passou a ter pânico, estando num estado de grande ansiedade sobre o assunto. De repente, aquele cenário de acabarmos tudo no próximo ano começou a ganhar volume e eu fui forçado a encarar que a hipótese é mais forte que uma uma mera possibilidade. 

Ele adoraria que eu viesse para a ilha, podia ser já, e que começássemos a viver juntos aqui. Eu sou o que faz falta na existência dele como ela é... na ilha. Ao mesmo tempo que tudo isto torna o nosso futuro difícil, percebemos a intensidade do sentimento do outro e o respeito do outro com maior nitidez. Não é a primeira vez que acabo uma relação à distância com alguém de quem gostava muito. Curiosamente todas as relações à distância que tive foram com pessoas de quem gostei mesmo com muita intensidade. E quando nunca ninguém magoou o outro, o sentimento muda, mas fica. 

A procissão ainda vai no adro. Não me vou preocupar. Estou preparado para o que for e vou apenas viver o momento presente. Que é bonito. Cada coisa no seu tempo.

sexta-feira, maio 31, 2024

O que fez a Jennifer?

Um documentário sobre um crime de homicídio sobre dois imigrantes vietnamitas insuspeitos, a única testemunha e sobrevivente foi a filha traumatizada. Mas, a história não acaba aqui. Neste caso não posso falar da "fucked up America" porque o homicídio foi no Ontário, mas pode sempre dizer-se "fucked up youth".

Dançar Para o Diabo: O Culto 7M do TikTok

Um documentário sobre um culto gerido pelo fundador da equipa de gestão a que pertencem bailarinos do Tik Tok. Grita fucked America all over. É um bocadinho assustadora a forma como os jovens se predispõem por fama e dinheiro a certas coisas e depois como a manipulação acontece.

segunda-feira, maio 27, 2024

Acho um pouco triste

Acho um pouco triste quando não consigo ter afinidade com uma pessoa que não é má ou impertinente ou irritante, simplesmente porque não me identifico com nada dela. Sinto apenas desconforto por não haver nenhum ponto de contacto ou por ser obrigado a ter de agir em conformidade com a linha de ação dessa pessoa para manter uma relação de cordialidade. A tensão de obliterar-me nesse contacto, acaba por ser uma violência, mas por outro lado sinto uma culpa por essa falta de afeto e afinidade que me impele a continuar a ligação cordial que me anula. Às vezes podemos ser tão contraditórios.

domingo, maio 26, 2024

O caso Ontreau: Um pesadelo francês

Vi este documentário pensando que era um daqueles grandes julgamentos de algo que parecia muito mais pequeno e resulta em muitas condenações. Nada disso. Vi uma das maiores baralhadas da justiça que já observei até hoje, de tal forma que ninguém, fica a saber quem é realmente culpado, se a justiça foi feita ou não. 

Ali serviu-se tudo menos justiça - acho que aquelas crianças abusadas mereciam mais (mais apoio, mais atenção), mas os inocentes também não mereciam o que passaram. E é por isto que eu tenho pesadelos com a justiça portuguesa (e em geral), porque os juízes são seres humanos e a maior parte deles muito falha.

A única coisa positiva que consegui tirar do horror que é este caso, é que não é apenas em Portugal que a justiça é uma treta; num grande país como a França, a coisa não anda melhor. 

A Operação

A operação da minha mãe ocorreu nesta sexta feira. O trauma das anteriores fez com que tivesse um ataque de nervos quando viu por momentos e depois voltou a estar completamente sem ver. Tiveram de a tranquilizar e disseram que era normal e que até ao final de domingo estaria a ver.  Chegou domingo e ela está a ver. Já viu as horas no relógio. 

Tudo isto é de uma importância extrema. Ela recupera a sua vida como sempre a conheceu e nós ficamos com o coração aliviado por sabermos que nem sempre podemos estar lá. O meu mundo hoje tornou-se muito mais mais bonito.

quinta-feira, maio 23, 2024

Coisas que se encaixam

Quando voltei ao meu atual local de trabalho, depois de estar fora 4 anos, sempre pensei que iria sozinho para um gabinete que sempre gostei. Quando voltei ele, tinha sido ocupado. Entretanto desocupou, mas eu tinha vergonha de dizer que gostava de ir para outro gabinete sozinho, não fossem pensar que era por causa do meu colega, que muito estimo (apesar de estar sempre com frio e eu com calor e termos uma gestão difícil do ar condicionado). Hoje a minha chefe veio pedir-me que ocupasse a sala que eu sempre desejei e que vou poder decorar ao meu gosto. Porque gosto de me sentir em casa no trabalho. Bela notícia.

quarta-feira, maio 22, 2024

Conversas

Acabei de ter uma conversa bastante longa com um Judeu sobre Gaza. É bom perceber que existe em Israel muita gente que não concorda com o Governo. E ele explicou-me também a origem do termo Sionismo e o que significa para ele. Tudo fica diferente na boca de alguém que tem empatia. O extremismo não devia ter lugar em lado nenhum e não devia de ter o direito de adulterar, deturpar e utilizar estandartes do bem. Esses estandartes tornam-se símbolos do mal e o ódio nasce pelos maus e pelos bons. 

Pedi-lhe desculpa pelo meu mau uso da palavra e pelo ódio que lhe associei. Apesar de eu ser alguém que defende as suas ideias com ferocidade, sinto-me muito bem quando me mostram que estava enganado acerca de algo. Agora sei mais uma coisa que me foi explicada sem agressão. E nunca mais direi que o Sionismo é uma coisa horrível. O Governo de Israel não é Sionista (na verdadeira origem da palavra) é apenas extremista e assassino. 

A minha colega perguntou-me

A minha colega perguntou-me se eu gosto de rapazes mais novos. Na realidade dever ser essa a imagem que passo no momento porque os meus 3 últimos namorados foram todos mais novos, mas na realidade não é um gosto. Foi tudo uma casualidade, mas talvez o facto de os homens da minha idade terem medo de se aproximar de mim no sentido afetivo do termo tenha proporcionado este desfecho.

O meu primeiro namorado mais novo (16 anos) ocorreu por isso mesmo, porque não haviam pessoas da minha idade a querer uma relação monogâmica- que é o modelo com o qual me sinto confortável, apesar de aceitar qualquer um para terceiros. Eu não queria mesmo esta relação, mas família e amigos todos me disseram que eu estava a ser preconceituoso. Acabei por entrar nela e perceber que a idade (na maioria dos casos) não e apenas um número. Durou 7 anos, 3 mais do que devia ter durado, acabei por me perder um pouco de mim. 

O meu segundo namorado mais novo (17 anos) ocorreu porque me apaixonei por ele perdidamente, tanto que chegava a ter algum receio do futuro, de ser deixado. Além de achar que ele era o máximo, era fisicamente o meu ideal de homem, que ao contrário do que as pessoas pensam (pela minha fisionomia) não é um tipo musculado. Gosto rapazes morenos, de olhos caídos e narizes diferentes, com óculos de preferência e corpo normal. Aquele ar de rapaz estudioso. Ele era isto tudo fisicamente e ainda me parecia ser um ser humano excelente, logo, perdi-me de amores como um adolescente. Mas infelizmente o desenrolar da relação não foi nada do que me foi mostrado no início e ela terminou em menos de 18 meses. A idade aqui também não foi apenas um número.

O meu terceiro (e atual) namorado mais novo (18 anos). Aconteceu também por um mero acaso, mas talvez um acaso feliz. Começou tudo por uma amizade, e com a ideia de que ele era completamente errado para mim do ponto de vista amoroso. Eu coloquei-o logo no território de amigo pois não tínhamos gostos em comum e fisicamente achava graça apenas a ele ter um nariz muito diferente e os olhos caídos. É um homem serrano, com traços fortes, modos simples. Não, obstante aconteceu aqui o inverso  da relação anterior. Com o tempo apercebi-me de que como ser humano é uma pessoa sem igual, com valores nobres. O facto de ele ser de poucas palavras e de não se expressar muito bem deixa-o na "penumbra". Acabei por me apaixonar pela sua nobreza de espírito, pelos seus modos rudes mas educados, pela sua inocência perante a maldade humana. 

Durante o tempo que estive solteiro, perto de um ano, não apareceram homens da minha idade a querer pelo menos conhecer-me, bom... apareceu um francês de quem sou muito amigo hoje, mas que acha as relações à distância românticas e maravilhosas. Eu não acho relações à distancia românticas e até é um entrave à continuação da minha atual relação, que encaro como um privilégio. Cada dia que passa é um privilégio por poder ser passado com o Beto e aprender dele, a bondade, a pureza de espírito. Se tiver de acabar não vou ficar triste. Vou ficar alegre por ter tido esta oportunidade de ser o seu outro significativo durante o tempo que conseguimos. E feliz por ele também ficar a saber o que é ser bem tratado por alguém, ouvido, compreendido, tido em consideração. 

É bom mesmo que esta relação não acabe porque pelo andar da carruagem eles ficam sempre 1 ano mais novos. Não se sabe onde vai parar (medo). Mas sempre gostei de homens da minha idade, que tenham algum cuidado com a sua imagem, sentido de humor, espirito aventureiro e segurança em si mesmos. A insegurança já me arruinou duas relações.  Eu sou muito intenso, mas sou o que sou. Não vou deixar de agir com a minha normalidade para o outro se sentir seguro. Ninguém deve de deixar de ser quem é.


terça-feira, maio 21, 2024

Por causa do Beto

 Comecei a ver a série Bridgerton. 

Ainda temos o amanhã

Foi o filme com mais sucesso em Itália no ano de 2023. Consigo perceber, em contexto, o porquê todo os italianos reveem a história da sua família no filme. O filme chama a atenção para o problema enraizado do machismo nas sociedades ocidentais e da violência contra as mulheres seja ela física simplesmente simbólica. O filme homenageia o feminino e os rostos esquecidos de tantas famílias e o trabalho não reconhecido de tantas mulheres que são a estrutura basilar das sociedades. No final, mulheres tão diferentes estão juntas a realizar ao mesmo tempo o mesmo ato, o que revela que há algo de igual em todas elas. Todas têm direitos e todas contam.

O filme trata de coisas muito importantes, mas não creio que visualmente ou até narrativamente as opções tenham sido as melhores. Há partes muito boas e há partes que são momentos em si e que me fizeram sentir desvinculado do filme como um todo. A parte final conseguiu ser bastante claustrofóbica, e tiro o chapéu à realizadora por isso, mas o filme devia ter tido mais dois ou três minutos e a Délia devia entrar dentro de um comboio ou de um autocarro.

14/20

Schutter - Piano 2



Schutter - May Laude

Glance out a casement window - Piano 1



Glance out a casement window - Janet Redger

sexta-feira, maio 17, 2024

Big Brother

A semana passada abandonei o acompanhamento do Big Brother. Na realidade aquilo espelha bastante do que é atitude dos 20-35 perante a vida. Esta geração de portugueses não me deixa nada satisfeito. Faz-me sentir um desistente. Tenho zero esperança neles para edificar um país melhor. Os valores que têm são (em termos genéricos) assustadores. Para não falarmos do facto de serem pessoas iludidas (provavelmente pela incapacidade de digerir o excesso de informação a que têm acesso, por um lado, e os estímulos da sociedade de consumo fácil, pr outro). A anomia social está instalada.

A famosa e infame Catarina Miranda (pica-miolos por excelência) era alguém que tinha visão e inteligência e fazia um jogo deliberado, mas também ela cedeu à pressão, à incapacidade de tolerar sofrimento, à frustração de não ter o que espera quando o espera. O facto de ela ter "crashado" fez-me perder o encanto que poderia restar. 

Soube ontem que foi expulsa exatamente porque teve uma ação irrefletida derivada da pressão que não conseguiu aguentar, e semelhante à que tentava infligir. O mais curioso é que a pressão sobre ela infligida, nunca foi intencional. Ela estava preparada para a "maldade" do jogo não para sentimentos reais que alguém que ela simpatizes possa nutrir contra (ou mesmo a favor dela). Mais uma miúda que capitulou. São todos iguais, e nenhum deles é grande coisa no quadro maior da vida. Boa sorte a todos, mas suas pequenas esferas e que sejam felizes, que é o que todos andamos cá a tentar fazer.