quinta-feira, fevereiro 11, 2021

O mundo é pequeno

Fui ontem ao oftalmologista. Ainda tenho 90% de visão no olho direito, o que é uma notícia maravilhosa. Uma vez que a doença que tenho só se cura com transplante de córnea. 20 anos depois do diagnóstico é um feito.

Mas este post não é acerca disso, e sim sobre ter ficado a saber que o meu oftalmologista é membro do Labour Party da Nova Zelândia - o partido do meu ídolo político Jacinda Ardern.

Ele visitou a Nova Zelândia e conheceu o trabalho dela. Como também não se identifica a política portuguesa, passou a contribuir com 100 dólares  para o partido de alguém que considera fazer a diferença na vida das pessoas. 

Achei uma excelente ideia ajudar quem tem visão, mesmo que fora do nosso país. Se a semente crescer por aquelas bandas pode ser que chegue cá.

terça-feira, fevereiro 09, 2021

O Limão continua a ser o gato mai' lindo

 


O amor que eu tenho por este bicho não dá para descrever. É da família. É o nosso mais que tudo cá em casa, e daqui a pouco faz 7 anos que 15cm de gato (com 1 mês mal cumprido) vieram cá parar. Ámen.

Também temos políticos com dignidade (mesmo que na reforma)

O General Ramalho Eanes foi um homem extraordinariamente importante para a manutenção da estabilidade no país depois da revolução de 1974. Dado o seu carácter discreto nunca reclamou para si essa atenção, como por exemplo Mário Soares.  Foi o único Presidente da República que recusou muitos dos privilégios vitalícios do cargo, assumindo que apenas cumpriu o seu dever como português. 

Mais uma vez, igual a si mesmo, recusou receber a vacina contra o COVID, privilégio dado aos Conselheiros do Estado, dizendo que aguardará a sua vez como cidadão octogenário que é. 

Tenho pena de que Ramalho Eanes seja uma figura um tanto obscura para os portugueses, porque a dignidade e decência também se aprendem por exemplo.  

Jacinda Ardern no seu melhor (aprendam políticos portugueses)

 "I really rebel against this idea that politics has to be a place full of ego and where you're constantly focused on scoring hits against each one another. Yes, we need a robust democracy, but you can be strong, and you can be kind." 


Jacinda Ardern, Primeira Ministra da Nova Zelândia

segunda-feira, fevereiro 08, 2021

E o estado de cansaço é tanto

E o estado de cansaço é tanto que a cabeça já não funciona bem. Não sei se vai continuar a ser sustentável trabalhar 7 dias por semana. O trabalho tem de se fazer e aparecem continuamente novas coisas para serem feitas. É a característica de estar na instituição onde estou, mas começo a "bater mal".  

Quando acordo (após um domingo) a sentir que estou sugado de energia e quando já não consigo desejar pelo fim de semana porque ele não representa folga, é porque algo há de muito errado. Haverá quem o consegue  fazer, mas eu percebo claramente que não nasci para isto. Não sou carreirista e a vida não faz sentido com esta falta de bem-estar.  

O tipo de trabalho que faço é vibrante e estar numa posição onde podemos mudar/melhorar a vida das pessoas é sempre uma motivação, mas a realidade é que não faz sentido nenhum estar a trabalhar para o bem coletivo em detrimento da esfera pessoal que deixou, praticamente, de existir. Tudo tem de ter um equilíbrio. 

Tenho aprendido muito. Trabalho a apoiar uma pessoa brilhante. Mas o corpo e a mente começam a dizer-me que talvez o caminho tenha de ser outro.    

Quando o Governo nos atira areia para os olhos

Sou o primeiro a defender o comportamento exemplar do nosso Governo durante a primeira fase da pandemia. O que se passou no Natal, e de forma alargada durante o mês de Dezembro, foi culpa das pessoas por não serem responsáveis. Verdade, não posso estar mais de acordo. Mas não só. Não gosto quando o Governo se esquecer de reconhecer que não tomou as medidas certas, exatamente porque as pessoas não são confiáveis. O que se passou em Dezembro, passou-se com a conivência Governo e com o desejo de ser popular (num momento em que os dados apontavam para uma descida dessa mesma popularidade). 

O Ministro Pedro Siza Vieira falou ao The New York Times como se a conivência do Governo não existisse, pelo menos naquele momento. Esse facto deixa-me irritado. Em tempos de crise, o desejo de ser popular é sempre um mau conselheiro. Este confinamento, em que vivemos agora, é necessário e não é popular. Contudo, não teria sido necessário se os "brandos costumes" tivessem ficado fechados numa gaveta. 

quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Desenterrar os anos 80 - 7


Twist in my sobriety - Tanita Tikaram

Glee

O meu namorado recomeçou a ver o Glee e eu já não me lembrava do deliciosa que era esta série. Sabe tão bem uma dose de parvoíce e de leveza, nestes tempos cinza que vivemos. As pessoas precisam de começar a levar-se menos a sério. Umas gotas de humor de nunca fizeram mal a ninguém.  

Minju Kim

A designer Minju Kim foi a vencedora do programa Next in Fashion que passa na Netflix. Fiquei tão grato por ver a coleção final que ela apresentou. Deixou-me um enorme sorriso no rosto. Mais do que a moda em si (verdadeiramente estupenda), pensei no tipo de pessoas que vestiria este tipo de roupas e fez-me sentir bem.  Acho que gostava de viver nesse mundo quase mágico da Minju Kim, onde imagino que as pessoas sejam felizes, empáticas, generosas, coloridas, criativas. 

Adoro estas pessoas que sonham e que têm a capacidade de fazer os outros sonhar. Obrigado Minju.


The Walking Dead

Recomecei a ver a série a semana passada. É curioso ver como os comportamentos humanos retratados se assemelham ao que estamos a viver com a pandemia Covid. Obviamente que a escala é muito mais pequena, mas se "aumentássemos o volume" era a mesmíssima coisa. Ainda bem que não estamos a viver um apocalipse zombie.

terça-feira, fevereiro 02, 2021

Ontem a falar com um ex-colega

Fiquei a saber que a culpa do que se passa em Portugal em termos de COVID é tudo culpa do Governo. Não apenas o atual, mas todos os governos que já tivemos. Nada disto se passaria se o nosso Sistema Nacional de Saúde tivesse sido desenvolvido e os governos nele tivessem investido. Como ele me explicou a culpa nunca é do povo. E o povo tem de estar contra as regras e contra o confinamento. Não se pode pedir às pessoas que tenham de mudar a sua vida porque o Governo não investiu em hospitais e em médicos. Ele próprio não anda de máscara. É um abuso fazer isso com as pessoas. 

Eu respondi que tudo bem, mas que temos um problema grave de cada vez mais contágios e com um volume de mortes enorme. Como é que podemos evitar isso sem um confinamento. Era rapidamente me respondeu, que o confinamento é uma mentira e uma não solução. Porque uma semana depois continuava a contaminar-se pessoas. Eu disse que era natural porque as cadeias de contágio estavam ativas e precisaríamos de umas 3 semanas para que elas começassem a quebrar. 

Ele disse-me que eu ando a dar muita importância ao que se diz na televisão e os telejornais não passam de uma manobra de manipulação das massas. Ele vai à Internet buscar a sua própria informação e sabe que isto é tudo uma manobra do Governo para roubar mais aos cidadãos e ficar com o dinheiro dos nossos impostos. E no futuro somos nós que vamos pagar a fatura com os nossos impostos.

Ainda rematou que agora anda tudo à espera do milagre das vacinas, mas isso também é uma mentira porque o vírus muta e elas não servem para nada. É tudo o forma de ficarem com o nosso dinheiro. Além do mais toda a gente sabe que as vacinas, eme geral, não fazem bem à saúde.

Eu terminei a dizer «ah, de facto não estava a ver as coisas dessa forma». E a realidade é que continuo a não ver, e felizmente nunca o verei dessa maneira. Eu sei que foi há já muito tempo, mas seria bom manter alguma noção sobre o que era a vida das pessoas antes das vacinas e dos antibióticos. 

domingo, janeiro 31, 2021

Frases que nunca perdem o sentido

We may have all come on different ships, but we're in the same boat now.

by Martin Luther King Jr.


Ps. Uma maravilhosa metáfora para a existência. 

sábado, janeiro 30, 2021

sexta-feira, janeiro 29, 2021

Sensibilidade à flor da pele

Não sei se sei muito de amor, mas cresci numa família a transbordar de amor. Amor real. Daquele que não se verbaliza, mas que se pratica todos os dias. Não havia a palavra amor nos lábios, mas haviam abraços, beijos, a obrigatoriedade de almoçar e jantar juntos e de conversar à mesa, os apertões do pai e da mãe para os filhos serem lutadores (especialmente o fogo cerrado do pai ao mais novo, que sendo homossexual teria de ser forte e não um medricas). Discutíamos e gritávamos uns com os outros porque queríamos sempre o melhor de cada um. O meu pai dizia "eu não quero que os meus filhos pensem como eu, o que eu quero é que os meus filhos pensem". A minha mãe e os seus sermões graves quando fazíamos asneira, para depois tomar em mãos as nossas trapalhadas e resolver tudo. A bofetada que levávamos eu e o meu irmão quando desatávamos a discutir um com o outro em sítios impróprios. Uma vez íamos à porrada no banco de trás e o meu pai parou o carro e obrigou-nos a sair e ir a pé para casa. Chegámos uns 30 minutos depois dele. E a minha mãe que sempre nos ensinou que não havia ligação mais pura que a minha e do meu irmão, que eramos únicos, o sangue igual. Quantas vezes dissemos coisas que não queríamos uns aos outros, para depois ir pedir desculpas. O meu pai sempre com aquele ar de homem sério adorava que eu o pegasse ao colo. No últimos anos de vida dele estava muito leve e um dia andava eu com ele ao colo e como estava a escorregar-me, dei um impulso para cima e atirei-o contra a ombreira da porta. Grande cabeçada. Quase desmaiou. E quando eu tive a primeira negativa aos quase 17 anos e o meu pai me sentou ao colo dele e eu chorei uma meia hora e ele ficou com a camisa toda molhada. E quando a minha mãe pegou fogo ao exaustor com uma frigideira de óleo que aqueceu demais e por cima do exaustor estava a coleção de isqueiros do meu pai cheios de gás (e a cozinha pegou fogo). E nós todos a apagar o fogo com baldes de água. Cresci no melhor sítio que podia ter crescido. Com dois pais imperfeitos, que se adoravam um ao outro e adoravam os filhos (o que não excluía um "corretivo" de vez em quando). Nas noites de calor, na casa do Algarve, levávamos os colchões para o terraço e ficávamos ali ao fresco. E porque me veio este chorrilho de pensamentos meio desconexos à cabeça?

Hoje foi aprovada a lei da Eutanásia. Descobri isso num blogue que visitei. E fiz um comentário que me saiu tão de dentro, que me deixou este amor com que cresci à flor da pele. Eu sou a favor da eutanásia. Dá-me muito conforto saber que se eu ou alguém que amo muito, por motivo de doença incurável e altamente danosa, não quisermos cá ficar, temos uma opção de terminar a vida sem sofrimentos desnecessários, enquanto somos nós e não a consequência da doença. 

Aposto que é o confinamento que me anda a pôr desta maneira. Não havia necessidade.

Desenterrar os anos 70 - 6


If you want me to stay - Sly & The Family Stone

quarta-feira, janeiro 27, 2021

Desenterrar os anos 70 - 5


Dancing in the Moonlight - King Harvest

Não sei se é do confinamento

Mas a realidade é que tenho pensado muito em coisas do passado. E não é que tenha mais tempo, mas acho que estou mais reflexivo, mais 'meditabundo'.

Duplos sentidos

Há anos atrás (muitos mesmo). Estive apaixonado por uma rapariga que não foi muito correta comigo. Disse-lhe algumas coisas, ao que ela me respondeu «tu não me mereces!» e eu repliquei «não mereço mesmo!» 

Realmente eu não merecia aquela chata. Merecia coisas melhores.

terça-feira, janeiro 26, 2021

Os dois J

Os dois políticos que tenho como referência são Joe Biden e Jacinda Harden. O primeiro é presidente dos EUA e tem um perfil centro-direita, a segunda é primeira ministra da Nova Zelândia e tem um perfil centro-esquerda. 

Para quem não sabe, e de modo genérico, a direita democrática apoia o liberalismo económico e a livre concorrência, mas é cívica e inclusiva. O centro-esquerda, acaba por não variar muito, estando a tónica na tentativa de equilíbrio da justiça social dentro de um sistema capitalista. 

Não acredito em comunismo e socialismo porque o ser humano não é evoluído o suficiente para viver num ambiente de partilha igualitária. Em teoria adoro os ideias de esquerda, mas a prática política mostrou que serviu para impor totalitariamente um ponto de vista e por parte de pessoas não preparadas (acho que ninguém está preparado). 

Também não acredito na direita pura e na sua visão castradora da diversidade humana e os seus ideias ligados ao maior puritanismo cristão, ao "nós" distinto do "eles". Também ninguém está preparado para viver beatificamente, o resultado depois é a hipocrisia latente de uma imagem pública e uma realidade privada completamente diferente.

Prefiro viver na realidade que não é perfeita, mas que pode sofrer melhorias incrementais. Nada melhor do que ser realista e perceber o sistema que temos, aquilo para que as pessoas estão preparadas e tentar tornar o sistema o mais acessível e justo para todos. 

Gosto de sociedades inclusivas, que tentam respeitar na medida do possível a diversidade de cada um e gosto da noção de recompensa por mérito (mais associada à direita). Gosto da solidariedade, não aprecio a caridadezinha. 

A Jacinda tem já muito que mostrar. Tem feito coisas brilhantes como primeira-ministra. O Joe Biden tem quatro anos terríveis pela frente depois da destruição realizada pelo predecessor. Mas acredito muito nele.

Estas duas pessoas fazem-me continuar a ter esperança. Que muitos outros possam aprender pelo exemplo. 

Teorias da conspiração

Hoje li uma das mais fantásticas teorias da conspiração sobre o COVID em Portugal. Parece que é uma manobra para castigar as pessoas consideradas impuras pelo regime. Um pouco à semelhança nazi. 

Ganhasse Portugal bitcoins por todas a estupidez em os portugueses acreditam, dizem ou fazem e éramos um país com ricooooooo.

segunda-feira, janeiro 25, 2021

Azia

Hoje acordei com azia. Não sei se foi porque comi meio pacote de tostas com manteiga antes de ir para a cama ou pelo resultado das eleições (embora me tenha dado uma azia imensa o voto no extremismo, acho que foi mesmo da manteiga). Um momento alto da noite de ontem foi a análise do Rui Rio aos resultados. São aqueles momentos de "stand up comedy" inusitados, com base no nonsense puro. Se não foi comédia, acho que ele tem um severo défice cognitivo. 

domingo, janeiro 24, 2021

É chocante

É verdadeiramente chocante que o André Ventura receba o número de votos que as projeções lhe atribuem. Um mentiroso, manipulador, racista, misógino, totalitarista (a lista podia continuar). Como é uma coisa destas possível em 2021? 

Mas a realidade é que isto não é novo em Portugal. O Isaltino Morais e a Fátima Felgueiras foram eleitos mesmo sendo criminosos. Há algo de muito errado com o compasso moral do povo português. É tudo demasiado triste. Sinto uma imensa vergonha. 

Acabei de ler que o Francisco Louçã disse que "ninguém vai festejar à esquerda". Fico doente com esta mania de falar da esquerda e da direita como se tivessem um estatuto de pessoa. E não têm. Dentro de cada uma estão milhões de pessoas, centenas de políticos e muitos deles decentes. 

Mas não há nada de decente na extrema esquerda e na extrema direita. São nojentas. E de alguma forma a extrema direita conseguiu palco. Pensei que nenhuma o conseguiria num país brando como o nosso. Tinha fé cega nisso. Mas como disse antes, se permitimos que criminosos sejam eleitos (à direita e à esquerda) como impedir que um escroque ganhe o relevo que ganhou?

É tudo tão deprimente. O meu país é tão mais pior do que continuo a querer acreditar. Sinto imensa vergonha alheia e um sentimento de impotência maior ainda. Como se cultiva um povo? Há algo de muito infeliz Lusitânia. 


Violência em Setúbal contra a campanha do Chega

Tenho andado arredado por causa do trabalho e só hoje é que ouvi a história das pedras e da caixa de pastilhas na cabeça em Setúbal. Por muito horripilantes que ache o Chega e o seu líder. Sou totalmente contra a violência gratuita. Não consigo compactuar. 

Eles são o que são, mas como disse tão bem a Michelle Obama "when they go low, we go high". Não devemos descer ao mesmo nível ou ainda fazer pior que foi o que aconteceu.

Desenterrar os anos 90 - 7


Where have all the cowboys gone - Paula Cole

Um dado interessante das eleições de hoje

 Nunca vi tantos ciganos a votar como hoje. Fiquei contente. Somos todos portugueses.

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Black (Colin Vearncombe)

Sempre pensei no cantor Black como uma espécie de "one hit wonder" que teve apenas um momento de glória com a canção Wonderful Life e cujo fogo se esgotou depois disso. Hoje, porque pensei nessa canção para colocar na minha série de Desenterrar os anos 80, descobri que ele foi um cantor brilhante. Longe do sucesso, mas sempre a compor melodias de enorme sensibilidade com aquela voz macia. Descobri também que morreu em 2016 depois de sofrer ferimentos graves num acidente de viação. 

Fui ver como ele era agora. Já não tinha aquele ar de anjo loiro (na realidade até perdeu o cabelo), mas a voz não mudou. Continuou com o mesmo débito macio e a mesma expressividade melancólica. Graças a um fã que agregou 42 canções feitas ao longo dos anos, pude apreciá-lo como ele merece. Foi uma belíssima surpresa. 

Fiquei contente por saber que nunca deixou de cantar e produzir a sua música com a sua voz de crooner.  Pelo menos consegui ter aquele momento de glória, aos 25 anos. Tantos bons cantores que nunca chegaram/chegam a ser conhecidos do grande público, tantos.  Fica a música. Para sempre.

Desenterrar os anos 80 - 6


Wonderful Life - Black

Desenterrar os anos 80 - 5

 

v

Dance me til the end of love - Leonard Cohen

O sentimento tem sido mais ou menos este

21/01/2021

Fiz ontem mais uma Mesa Radiónica e só depois oi apurada a minha fórmula de essências vibratórias para ultrapassar as dificuldades do contexto em que estou inserido. Sinto-me esgotado ultimamente, completamente esgotado. Parece que toda a energia que tenho vai para o trabalho e depois não sobre mais nada. Então há que buscar formas alternativas de injetar energia no meu corpo físico e nos meus corpos subtis. Revitalizar é a ordem de comando para este mês. 

quinta-feira, janeiro 21, 2021

Que saudade de ver classe na Casa Branca

Quero acreditar que daqui a 4 anos a memória de Trump vai ser equivalente à memória de um pesadelo, daqueles que já passaram. Tenho grandes expectativas a respeito do Joe Biden, apesar do legado difícil que  herdou. É um homem de consensos e de valores. Tenho a certeza de que irá procurar pontes com os republicanos mais moderados para passar políticas importantes para os EUA e para o mundo. Liderar pelo exemplo. É isso mesmo que um líder deve ser capaz de fazer e ele é homem para liderar a América a ser esse exemplo. Tenho pena de que não seja 5 anos mais novo. Mas já é tão bom ouvir um Presidente falar de progresso, de esperança, de construção e de união. 

terça-feira, janeiro 19, 2021

Michelle Obama

 


Fez ontem 57 anos e não é apenas uma mulher linda. É um exemplo de humanismo e simplesmente um exemplo daquilo a que uma mulher ou um ser humano deveria aspirar em termos de conduta e princípios. Tenho a maior admiração por ela, pelo trabalho que continua a fazer através da Obama Foundation. Tenho pena que não tenha ambições políticas e que nunca venha a ser Presidente dos EUA. Mas, não precisa na realidade. O legado fica.

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Viagem no tempo

Fui ao início do blogue. E relembrei-me que em 2006 escrevia poemas. E relembrei para quem os escrevia. É por isto que o Silvestre não vai deixar de existir. 

Amor adolescente

 


Drivers Licence - Olivia Rodrigo

Acho que não é muito difícil ter um adolescente a cantar sobre amor adolescente e obter um produto "azeiteiro". Por isso gostei muito de ouvir este primeiro single da Olivia Rodrigo que, aos 17 anos, tem uma forma muito bonita de escrever e descrever a dor do amor adolescente. Espero que tenha muito sucesso, e que cresça no sentido de nos dar mais momentos de sensibilidade palpável. 

Covid, Covid, Covid...

Não retiro a responsabilidade da atual situação às pessoas. Diz-se sempre que a culpa é do sistema, mas o sistema é a soma das partes e a qualidade das partes é cada vez menor. Mas não há como contrabalançar. O o ciclo informativo está viciado. 

Os média banalizam a COVID, todos os dias a toda a hora, um sensacionalismo gritante. Dez mil casos por dia são apresentados com o mesmo espanto que 400 nos tempos idos de abril. Sempre o mesmo tom. Sempre uma coisa terrível. E as pessoas querem desculpas, querem motivos para não acreditar, para poder escapar aos incómodos do confinamento. Querem argumentos fáceis para refutar o inevitável. 

E os média tal como estão a agir fornecem todos os alibis e mais alguns a quem arranjara desculpas e escapatórias. A luta de audiências e de cotas de mercado são uma treta. Ninguém ganha no meio disto tudo. Ninguém.

A sociedade do vazio

Não imaginava que iria ver Portugal numa situação de novo confinamento. Já sabia que apesar de hospitaleiros e humildes, etc, etc, somos um povo ignorante e até, em certa, medida estúpido. Não pensava que fossemos um povo egoísta e pouco solidário. A solidariedade era uma das características que nos definia também e das mais bonitas que envergávamos. 

Estão a morrer cerca de 1000 pessoas por semana derivado à Covid, mas como me disse uma amiga «o meu marido teve e cá em casa ninguém teve, então isto[covid] é tudo uma grande mentira». Não obstante, para os familiares dos mortos (e não só idosos) "isto" é mais crua das realidades. 

O egocentrismo e a falta de empatia é o sinal dos nossos tempos. É a frequência da sociedade atual. São muito os atentados à dignidade humana. Cada vez mais homens e mulheres, cada vez menos humanos. 

Ainda me lembro de acharem que a Internet viria trazer a prosperidade, a mitigação das desigualdades, as oportunidades para todos. Quase  30 anos de Internet e de TIC produziram umas das gerações mais individualistas de sempre, mais niilista. É a sociedade do vazio. Sinto uma certa vergonha do meu tempo. 

quarta-feira, janeiro 13, 2021

Ferramenta online para saber em quem vamos votar nas Presidenciais 2021

Recebi de um amigo o link emquevotar.pt , uma ferramenta online  construída com o intuito de ajudar os cidadãos portugueses a votar mediante uma escolha mais informada, depois de resposta a um questionário com 15 perguntas chave.

Com alguma graça, depois do que disse ontem sobre o Tino, o ranking dos melhores e piores foi:

1º Vitorino Silva

2ª Tiago Mayan

6º André Ventura

7º João Ferreira

Parece que este ano voto Tino de Rans. Não achei estranho ter mais a ver ideologicamente com o Chega do que com o PC (apesar do João Ferreira ser um homem decente e o outro não). O meu perfil anda ali entre uma Direita Social e uma Esquerda Moderada. 

O mundo é tantas vezes um lugar estranho

O maior perigo do momento é a desinformação. A receção/perceção fragmentada de mensagens e a hiperbolização dos fluxos de comunicação nas redes sociais, dão cada vez mais lugar a notícias falsas, terias da conspiração. 

Os paladinos do medo, da raiva, da amargura, ganharam uma voz que é ampliada também por pessoas bem intencionadas (mas desinformadas ou com pouco sentido crítico) e, deste modo, conseguem que os sentimentos negativos de insegurança, suspeição, segregação e divisão obtenham uma força nunca antes vista.  

Por outro lado, a história mostrou que quando a humanidade trabalha em conjunto é capaz de grandes feitos. Entristece-me que num momento difícil da história das civilizações, um dos maiores esforços conjuntos jamais realizados pela ciência mundial esteja a ser desvirtuado por esta campanha de desinformação. Falo do advento das vacinas mRNA (provavelmente a tecnologia mais segura desde sempre no fabrico de vacinas). 

As vacinas contra a COVID (na sua maioria, penso) seguem esta tecnologia e a rapidez com que foram fabricadas é um exemplo, sem precedentes, de partilha de dados e de know-how a nível global. Quem não quer tomar a vacina, está no seu direito. Mas espalhar desinformação sobre a mesma deveria ser crime. Por causa dessa desinformação existirão mortes que seriam evitáveis. 

A palavra é um veículo poderoso, e nas redes sociais a desinformação está a ser tão eficaz como uma forca ou uma pistola. Deveríamos estar felizes e ao invés andamos a arranjar mais um problema para uma solução.

Não é por nada

Mas acho que tenho um hater. É um fenómeno altamente proporcionado pelas redes sociais e, como diria a minha mãe, só não acontece a quem não está. All you need is love!

Desenterrar os anos 90 - 6


I love to hate you - Erasure

terça-feira, janeiro 12, 2021

Serei eu o único

 A achar o Tino de Rans (ou Vitorino Silva) um fofinho?

Teste: Quantas pessoas dos teus contactos do Facebook são fãs do CHEGA

Um amigo meu sugeriu ir à página do Chega e do André Ventura para vermos quantas pessoas que nos seguem, também seguem aquelas páginas. Foi com muito alívio que vi que tinha apenas 3 pessoas em comum. Fiquei bastante admirado com uma delas. As outras duas sei que são só gostam dele porque ele é contra o Governo e eles estão sempre contra o Governo (seja ele qual for), podiam era ser um bocadinho mais proativos e lerem o programa do Chega para se arrepiarem até à medula. 

Houve pessoas que descobriram ter mais de 30 pessoas em comum e alguns família. Medo.

Desenterrar os anos 90 - 5


No rain - Bind Melon

quarta-feira, janeiro 06, 2021

Primeira vitória profissional

Submeti um projeto que foi aceite pela Comissão Europeia e consigo assim 555.000 euros para o meu ministério poder aplicar juntos da população. Já sinto que materializei algo neste trabalho. Até agora tinha sensação de que não existia visibilidade para o trabalho que realizava. Ufff...

Sobre o amor


 

terça-feira, janeiro 05, 2021

Gótico (Tico para a família)

O Tico era o gato do meu irmão. 

Em 2002 um gatito com cerca de 4 meses saiu de um canavial e ficou encostado à bota do meu irmão - a passar naquela rua por acaso e a detestar gatos.  Ao ver que o gatito estava em mau estado foi ficando, mas à espera que alguém passasse para ele poder ir embora dali, ocupando-se esse alguém do bicho. 

Acontece porém que ninguém passou e o meu irmão telefonou-me a dizer que não sabia o que fazer porque o gato estava com um ar doente e ele não queria ficar com a morte do gato na consciência, e já estava ali há 25 minutos sem passar ninguém. Como o meu irmão era recém casado com uma "cat lover" e o gato era preto (e o meu irmão gótico), eu aconselhei-o de forma a que ele resolveu levar o gato ao veterinário e fazer uma surpresa à esposa. Na altura, eu também não gostava de gatos e mal sabia eu que um dia também iria estar nesta situação. 

Ao chegar ao veterinário, descobriu-se que o gatito teria efetivamente 4 meses, estava muito subnutrido, tinha uma infeção enorme na boca, tinha a cauda partida em dois lados e apesar do meu irmão ter decidido chamar-lhe Gótico, o gato não era todo preto (estava era incrivelmente sujo). Depois da extração de centenas de pulgas e de vários banhos descobriu-se que ele até tinha a barriga e uma das patas brancas. 

Era um gato muito autónomo. Não era particularmente afetuoso, mas tinha uma relação muito especial com o meu irmão que o ensinou a dar beijinhos no nariz através do comando "Tico dá amor". O meu irmão também lhe chamava Gorda e ele lá vinha (às vezes havia confusão porque o meu irmão também chamava Gorda à minha cunhada e vinham os dois). 

Nunca deixou de ser um gato de rua. Tinha sempre a janela da cozinha aberta e saía e voltava quando lhe apetecia, às vezes trazendo lagartixas, pardais ou ratos mortos de presente. Outras vezes ausentava-se por uns dois/três dias e lá voltava à sua casa como se nada se passasse.

Quando a minha sobrinha nasceu há quase 12 anos atrás ele não se atrevia em tocar em nada que fosse do bebé. Olhava-a com um certo espanto e acho que não gostava do cheiro a bebés. A minha sobrinha cresceu e com uns quatro anos passou a dar-lhe uns abraços que o esmagavam, mas que ele respeitava sem lhe fincar o dente (como fazia a outros que o chateavam) apesar de primeiro tentar fugir a esses abraços.

Os anos passaram e o Tico tornou-se velho, tinha cataratas, estava meio desdentado e a partir dos 15 anos começou a ser muito lamechas, adorava festinhas e pedia-as, ia à rua, mas ficava com os olhos com infeções ou às vezes levava porrada de gatos mais novos. A partir dos 18 anos o meu irmão achou melhor deixá-lo em casa, já não via bem, falhava a janela às vezes, e era melhor mantê-lo em "prisão domiciliária". 

Desde Outubro que ele começou a querer sair para rua constantemente, passava as noites a miar com um miado altíssimo que não deixava dormir o meu irmão. E sempre esse querer fugir, quando não estava dormir no sofá. No dia 15 de dezembro foi um homem a casa do meu irmão para cortar as árvores no quintal. Enquanto o meu irmão trabalhava no escritório, o dito senhor não teve cuidado e o Tico aproveitou para sair de vez.

Eu só soube na passagem de ano quando não vi o Tico no cobertor azul  do sofá, nem veio com a cabeça pedir festas, nem o meu irmão disse "cuidado para o gato não fugir". O Tico foi sabe-se lá para onde. O meu irmão andou à procura, os vizinhos, mas nada. Ele trazia uma medalha na coleira com o telefone do meu irmão, mas ninguém telefonou. Suponho que o Tico já não faz os 19 anos connosco, nem os faz de todo. 

O Tico nunca esteve fora 20 dias. Algo em nós diz que ele morreu e eu nem consigo expressar a pena que sinto. Dá-me para chorar quando penso nele. Porque era muito velhote, porque deve ter morrido com fome e ao frio, sabe-se lá onde. Não sabemos se foi porque se desorientou ou porque era mesmo a vontade dele. 

Há quem diga que os animais partem para longe de quem os acolhe quando sentem que vão morrer. Se foi assim, eu queria que ele tivesse morrido na nossa presença, com festinhas na cabeça, com conforto. Ele fintou a morte no dia em que conheceu o meu irmão e quase 19 anos depois deve tê-la encontrado em qualquer lado. Não me conformo com a ideia de não termos podido ajudar, de não saber o que se passou, de não ter a certeza de que morreu sem sofrimento. 

Nunca fomos grandes amigos até ele se ter tornado um velhote carente. Mas o que é certo é que me deixou muitas saudades e uma enorme mágoa por ele não ter estado com a família nos seus últimos momentos. 

São erros de teclado meu senhor

 Por causa dos erros de teclado acabei de desejar «Bom anao!» a um contacto profissional.

quarta-feira, dezembro 30, 2020

Fala-se tanto mal de 2020...

...Mas vamos lá ver bem as coisas. A COVID-19 não se chama COVID-20. O vírus foi um presente de 2019. Além do mais o ano de 2020 não fez mal a ninguém, nós é que fizemos a nós próprios com uma enorme falta de discernimento. Mas o ser humano tem sempre de culpar alguma coisa, não é verdade? A humanidade em geral não é estúpida que nem uma porta, é apenas inocente. 

Diz que vale a pena...

 Seguir a carreira destes novos cantores em 2021. 

terça-feira, dezembro 29, 2020

Desenterrar os anos 90 - 4


Drawned world/Substitute for love - Madonna 

Passagem de ano

Seguindo o tema do Natal, a passagem de ano será em família pela primeira vez em mais de 15 anos. A família é a minha raiz e é a raiz que nos alimenta. Com um ano tão complicado, o melhor mesmo é ir à terra buscar os melhores nutrientes para o que se avizinha.  

Psicoterapia da baixa autoestima

1. Autoaceitação: uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, respeito a si próprio, ser "um consigo mesmo" e se sentir em casa no próprio corpo; 

2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, de fazê-lo bem, de conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;
 
3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contatos. Inclui saber lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos, saber regular a distância-proximidade com outras pessoas;
 
4. Rede social: estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação satisfatória com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.
 
É logico que o exercício consciente sobre as emoções, sentimentos, sensações, necessidades corporais e psíquicas, o cuidar de e o respeito por si mesmo, não são processos rasos. É um diálogo de discussão e ajustamento do próprio consigo mesmo. Nesse diálogo, o questionamento do positivo e do negativo, a duvida e a resposta à dúvida, são elementos salutares. 

Finalmente senti o Natal

Acabei por sentir o Natal. Fico muito incomodado quando tal não acontece. Esta festividade é uma das coisas que me liga ao meu pai. Ele adorava o Natal - talvez como a maioria das crianças que nunca tiveram um Natal por serem extremamente pobres. Não havia decorações, não havia presentes e se ainda sobrasse dinheiro a minha avós fazia sonhos de abóbora à moda do Piodão (os melhores de sempre segundo o mau pai, o que obrigou a minha mãe a uma busca de anos por uma receita parecida). 

O momento mais bonito do Natal era quando ele acordava de manhã e ia à sala de jantar para ver a árvore decorada e as luzes a piscar. Depois era aquele desejo enorme de ter a mesa da sala de jantar (enorme por sinal) toda coberta de doces a seguir ao jantar. Sem espaços vazios. Às vezes chorava quando olhava para a mesa cheia e sei que se sentia feliz porque nos estava a dar aquilo que nunca tinha tido.

O meu pai partiu há 22 anos. Continuamos a querer ter uma árvore linda e cheia de luzes, mas dispensamos a mesa cheia de doces. O que ainda é comum é o amor que a nossa pequena família sente uns pelos outros. Quando cheguei a casa da minha mãe e vi todo o carinho e cuidado que ela estava a meter na preparação da refeição da consoada o espírito acendeu. Senti aquele quentinho que só a família pode oferecer. A árvore da minha mãe estava magnífica e tenho a certeza que o meu pai andava ali a pairar sobre nós, feliz, porque a família que criou continua forte.

quarta-feira, dezembro 23, 2020

A sorte dos brasileiros

 Têm o Natal, o Ano Novo e o Carnaval todos a acontecer no verão. 

Se fossemos um país escandinavo

O Ministro da Administração Interna e o Ministro do Ambiente e da ação climática iam dar uma volta ao bilhar grande. Mas somos um país latino de tradição católica, onde as palmadinhas nas costas imperam e onde a qualidade política deixa muito a desejar. Não temos por onde pegar.

* Chega - Aposta no populismo e política do medo e obsessão doida pela Esquerda maléfica

* PSD - Aposta em ganhar o poder governativo a qualquer custo

* BE - Aposta em ser mais papista que o papa e obsessão doida pela Direita maléfica

* PCP - Aposta no passado, discursos anacrónicos 

* CDS - Aposta em não se sabe bem o quê (mas no caminho tentar roubar eleitorado ao Chega)

* IL - Não sei o suficiente para falar (mas se calhar isso é indicativo de alguma coisa)


No geral, fala-se demasiado de Esquerda e Direita e esquecem-se os valores fundamentais da decência, da verdade e do humanismo. Já ficava contente se a decência prevalecesse. 

terça-feira, dezembro 22, 2020

Coisas estranhas

Um certo perfil do IG, de uma certa revista que publica senhores em fato de banho, fez um repost de uma publicação minha em sunga (que detesto por sinal) nos seus stories. Em dois dias recebi 90 pedidos para ser seguido (porque meti o perfil privado como costuma estar na maioria do tempo). Deve haver muita gente a gostar de más fotografias. Nunca me tinha acontecido.

Mulher-Maravilha 1984

Fui ontem ao cinema, 3 meses depois da última vez. O filme justificava, na medida em que gostei do primeiro e na medida em que em 1984 eu tinha 10 anos e estaria em contacto direto com as minhas referências juvenis. A Gal Godot está linda como sempre e vestiram-lhe as roupas mais glamorosas dos anos 80 (por oposição aos restantes).  Apesar de o filme ter estado abaixo das expectativas quanto às cenas de ação (há pouca ação bélica), diria que o investimento em questões de índole filosófica se adequam monumentalmente à época de pandemia que vivemos. Há uma forte lição sobre sacrifícios e não deixa de haver esperança que um Natal volte a ser um Natal como sempre o conhecemos.

15/20

segunda-feira, dezembro 21, 2020

Nota ao self

Tens de salvar o Natal pá. Não estás minimamente inspirado, nem te importas que uma das iluminações da árvore de Natal se tenha fundido e que a parte de baixo da mesma esteja agora às escuras. Tens de sentir a coisa. Encontra lá o espírito natalício, vá...anda.

Ser português tem vantagens residuais

Fui comprar uma máscara de pano na Rua Augusta e a máscara que custava 9 euros, para mim que sou português foi só 7 euros. A importância residual de ser portguês.

Gatos com a cor certa

Para a próxima vez que tiver um gato vai ser preto. O pelo nota-se menos na roupa. Hoje parece que fui atacado por sementes de dentes-de-leão.

terça-feira, dezembro 15, 2020

Doce pássaro da juventude

"Don’t be afraid to be a fool. Remember, you cannot be both young and wise. Young people who pretend to be wise to the ways of the world are mostly just cynics. Cynicism masquerades as wisdom, but it is the farthest thing from it. Because cynics don’t learn anything. Because cynicism is a self-imposed blindness, a rejection of the world because we are afraid it will hurt us or disappoint us. Cynics always say no. But saying yes begins things. Saying yes is how things grow. Saying yes leads to knowledge. “Yes” is for young people. So for as long as you have the strength to, say yes."


by Stephen Colbert

Biden é Presidente dos EUA. Oficialmente

Se existem eleições que foram seguras e escrutinadas foram estas. Gostaria de pensar que a loucura de Trump vai parar aqui, mas sei que não. Trump vive do showbizz e vai continuar com este triste espetáculo que abalou a democracia americana e a confiança nas instituições. Ele só precisa de seguidores para fazer dinheiro. Gostava de nunca mais ouvir falar dele, mas será impossível. Ele terá sempre alguma cretinice na manga para dar nas vistas e haverão sempre imbecis dispostos a dar-lhe palco e pior ainda acreditar nas cretinices que debita. Medo. 

Estava aqui a lembrar-me de tiros no pé

 E veio-me à cabeça aquele grande tiro no pé do LIVRE. A Joacine ainda existe?

segunda-feira, dezembro 14, 2020

Desenterrar os anos 80 - 4

 


Love is battlefield - Pat Benatar

Desenterrar os anos 80 - 3

 


What have I done to deserve this - Pet Shop Boys ft. Dusty Springfield

Mau jornalismo e não só

Há muita discussão sobre o mau jornalismo e, em certo sentido, maus jornalistas (maus editores) deveriam ser banidos por não prestarem um bom serviço à população (antes pelo contrário), usando todas as táticas possíveis e imaginárias do sensacionalismo para gerar interesse e habituar as pessoas ao voyeurismo e à fome de sangue (emocional em vez de racional). 

Não obstante, há algo que me incomoda muito. Nas publicações online, sejam elas sensacionalistas ou não, a qualidade do português é cada vez pior. É terrível ler notícias cheias de erros. Os erros de teclado vá, é feio e pressupõe-se que deveria existir um trabalho de revisão, mas  mesmo imperdoável são os erros de sintaxe e de semântica. É de ir literalmente às lágrimas. 

sexta-feira, dezembro 11, 2020

Evermore - Taylor Swift

Não é definitivamente uma cópia do Folklore. O universo de referência é o mesmo, mas a sonoridade é muito mais terrena. É bom, mas não é mágico. Não faz à alma o que faz o álbum anterior. São talvez álbuns irmãos, mas bem longe de serem gémeos. Duas personalidades distintas. Quando precisar de conforto é com o Folklore que vou ter. O Evermore representa a saída da hibernação, sair da casa, o frio da rua, a neve a derreter e a possibilidade de irreverências. Por muito que goste de coisas espevitadas, um abraço quentinho sabe sempre melhor. Daqui a uns tempos, não me vou lembrar muito deste álbum. Já o Folklore agarra-se à alma, como todas as coisas delicadas, cuidadosamente construídas.

Abaixo o primeiro single de Evermore



Willow - Taylor Swift

quinta-feira, dezembro 10, 2020

Tenho dificuldade em compreender a Justiça

Um puto de 18 anos mata a cadela à pancada e apanha apenas 13 meses de pena suspensa atendendo à idade. Para o efeito não interessa nada que ele não revele sentimentos de empatia, que seja um indivíduo cruel (com antecedentes criminais) e que até se tenha provando que agiu com intenção. Chama-se a isto desperdiçar os recursos do erário público (apenas) para se fingir que a lei da crueldade contra animais é cumprida. Ele tem 21 anos agora e teve zero consequências para além da chatice de ter de comparecer em tribunal. Bravo Sra. Juíza!

PS. Lembra-me o caso da mulher morta à machadada pelo marido porque não queria ter sexo com ele. O Juiz retirou 4 anos da pena porque a falecida não cumpria os "deveres de leito". É como quem diz que até estava a pedi-las. Bravo também!


22 anos...

Daqui a 2 dias faz 22 anos sobre a data da morte do meu pai. Mais dois anos e passou tanto tempo como a idade que eu tinha quando ele partiu. Serei o guardião de muitas memórias, uma vez que a minha mãe (perto dos 80) já vai perdendo alguma clareza sobre algumas. Será qua minha sobrinha vai ter interesse em saber as histórias todas do avô? Sou cada vez mais confrontado com o facto de que o meu desaparecimento (um dia) ser o último dia do meu pai neste planeta. As pessoas mantêm-se vivas enquanto vivem em nós, até que deixamos de viver também. 

Ainda sobre o racismo estrutural (e já não sobre o Jorge Jesus)

Há um programa de nome «What Would you Do?» que é o original do «E se fosse consigo?» apresentado pela Conceição Lino. Foram várias as situações que criaram sobre racismo (de negros contra brancos e de brancos contra negros) e sempre que vejo essas peças sinto-me inspirado por algumas das pessoas que se manifestaram. Este tipo de discurso positivo é, a meu ver, o que as associações contra o racismo e as entidades públicas responsáveis pela igualdade e cidadania deveriam abraçar. Somos pessoas!

Em cada um dos clips há algumas frases que me pareceu importante isolar. Espero que quem passa por este blogue se possa sentir tão inspirado como eu.


6:12 - (You didn't have to speak up)... Of course I did. You can't let stuff like that go on. Fear can stop you from doing a lot of things, but should never stop you from doing the right thing. What's in your head doesn't matter if you don't act on it.


1:43 - I'm letting you know, black girl to another black girl, you sound stupid. So much criticism we went through as a people and you're gonna go and do it to the next person? What gives you that right?  I don't care what she is, she could be purple, I'm defending a woman, period point blank.
5.16 - Hate doesn't do anything but to get more hate, it can hold us back. Black people need to find constructive ways to move forward. And just being angry and upset at white people doesn't do that.
6:26 - You don't have to step on them. They have been stepping on us for too long- Let's try to rise together, because we can't do it without them.
7:40 - That's what works for us H.U.G.S (Helping Us Grow Spiritually)



7:26 - I dont have any hatred or prejudice in my heart. As my father was coming up, he was, but it was time to break that cycle.
8:12 - Unconditional love will have the final say in reality.

Jorge Jesus e o racismo estrutal

Não há dúvida de que considero o Jorge Jesus um homem de boas intenções, mas iguais a tantos outros homens portugueses cheio de boas intenções e com uma capacidade limitada de ver para além de coisas quotidianas (ao contrário do Mourinho que ao contrário do que se possa pensar, para além de inteligente é um homem empático).

Não vou dizer impropérios contra o Jorge Jesus, mas o que ele disse mostra que é necessário um forte trabalho para educar e transformar o racismo estrutural que existe  nas sociedades ocidentais - em particular aquelas onde existiu escravatura. 

Não se deve cair em exageros, nem em manipulações de parte a parte, ou seja, do lado da maioria étnica hegemónica das minorias étnicas, e infelizmente isso acontece na maioria das vezes. Os discursos altamente politizados são também manipuladores para "dar a razão" ao grupo de referência. 

Porque o racismo é grave (assim como a discriminação de género, religiosa, sexual ou por deficiência) não deveria ser assim. E quem percebe o problema devia educar para o mesmo, o que é algo que não se pode exigir ao bom homem (mas limitado e bronco) que é o Jorge Jesus. 

É preciso explicar aos brancos (como eu) que só ser branco já é um privilégio na nossa sociedade e a quem diz "eu não me importo que me chamem branco" tem de perceber que não é a mesma coisa que chamar "preto". Há muitos significados presos à palavra. 

Também não gosto do discurso do Mamadou Ba. Não é por ele ser negro, esclareço já, é porque não gosto da forma como ele se expressa e de como muitas vezes as suas palavras acicatam mais sentimentos de raiva, de parte a parte, do que soluções ou pontes. Há assuntos para onde a ironia e os escárnio não deveriam ser chamados (essa é uma técnica do abominável André Ventura, que - infelizmente - começa a pegar também nas populações que ele despreza e descrimina). 

Eu acredito em pontes e em paz. Condeno o racismo e as politiquices à volta do racismo. Acho que faltam ações (não só no nosso país, mas em todos onde existe racismo) que mostrem formas construtivas de andar para a frente, de que despidos de significados somos apenas pessoas. 

A maioria branca, a maioria heterossexual, a maioria sem deficiência, a maioria religiosa não se vai mexer muito, porque está confortável, porque nunca sofreu preconceito e muitas vezes nem dá por ele porque ele não faz parte dos seus contexto e não a afeta (como acontece ao Jorge Jesus).

O caminho não se constrói sozinho. Oprimido e opressor têm de trabalhar em conjunto. Não vai haver justiça imediata porque sim, eliminar séculos de história porque sim. Mas quem vê o problema tem de ser mais inteligente e mostrar que as pontes existem, que do lado hegemónico há muita gente que pode ser educada e do lado minoritário o raiva não leva a nada de bom (apenas ajudará quem pretende manter o atual estados de coisas).

sexta-feira, dezembro 04, 2020

Porque tenho eu um gato inteligente?

O meu gato nunca foi de estragar nada, tirando toalhas usadas penduradas que as puxa para o chão e depois fica a ronronar enroscado nelas. Como é lógico acabam por ficar com fios repuxados pelas unhas. Ocorre que um destes dias, sentei-me no sofá com o casaco térmico e deixei que ele se aninhasse em mim por baixo do casaco. Ele memorizou o casaco e desde esse dia não o posso ter pendurado em lado nenhum, por ele vai lá para o atirar ao chão e dormir no meio dele. Já não bastava ter de colocar uma tranca no guarda-fatos porque ele aprendeu a abrir as portas.  

terça-feira, dezembro 01, 2020

Desenterrar os anos 70 - 4


I feel love - Donna Summer

Desenterrar os anos 70 - 3

 


Dreams - Fleetwood Mac

Lá consegui umas férias com saúde

As últimas ferias deste ano (que ocorreram na semana passada) foram passadas no Alto Alentejo. Fizemos a nossa base em Alpalhão e andamos a conhecer as terras ali em volta durante até meio da tarde. O fim de tarde era passado na piscina aquecida e no jacuzzi com tanto cloro que fazia arder os olhos (mas ali Covid não entra mesmo ehehe). Achei o Alto Alentejo muito bonito, a geografia, as cores, as vilas e aldeias. Só conduzir naquelas estradas entre campos verdes e rochas já me fez ganhar a semana. A paz carrega baterias. Para ajudar, desta vez não fiquei doente. 

Estou com uma daquelas preguiças...

 Para montar a árvore de natal.

Maradona e o branqueamento de um astro do futebol

Maradona não será nem a primeira nem a última personalidade pública com feitos notáveis na sua área profissional, que de tão elevada dimensão servem para branquear as vidas pessoais e as condutas enquanto pessoas. Uma futebolista espanhola, pré-jogo, recusou-se a fazer um minuto de silêncio pelo jogador, afirmando:

"Eu recuso-me a guardar um minuto de silêncio por um violador, pedófilo e abusador, por isso só tinha que me sentar no chão e virar as costas", referiu jogadora que atua no futebol espanhol (...) Há poucos dias, no dia da eliminação da Violência de Género não se realizaram gestos como estes e se um minuto de silêncio não é feito pelas vítimas, não estou disposta a fazê-lo por um agressor (...) Eu recuso-me a guardar um minuto de silêncio por um violador, pedófilo e abusador, por isso só tinha que me sentar no chão e virar as costas. Para ser jogador há que ser primeiro pessoa e ter certos valores, mais do que habilidades, como as que ele (Maradona) tinha, que sabemos que eram grandes qualidades e dons futebolísticos espetaculares"

Gostei que uma miúda de 24 anos não alinhasse em hipocrisias e estivesse informada sobre a vida "menos exemplar" do futebolista. O próprio filho cubano não reconhecido, provavelmente nunca o será porque a mãe dele teve-o ainda menor. O mesmo branqueamento acontecerá a outros grandes desta vida, a menos que mais pessoas como esta miúda coloquem o dedo na ferida. 

Nunca deixarão de ser grandes profissionalmente, tecnicamente, mas não misturemos coisas e não demos como grandes exemplos de vida pessoas que não o são. Que se lhes reconheça apenas o que lhes compete.   

O meu feriado preferido é o de hoje

Para mim o 1º de Dezembro é o verdadeiro dia de Portugal. Se não fosse a restauração da independência não havia Portugal para celebrar. Para mim este não é um feriado monárquico. É o verdadeiro feriado nacional.

sexta-feira, novembro 20, 2020

Miley Cyrus não desilude nesta nova fase



Estou a adorar este novo som da Miley Cyrus que nos direciona para algures entre 1978 e 1984. É o melhor revivalismo dos 80 de sempre. É reminiscente, mas fresco ao mesmo tempo. Uma verdadeira alquimia entre o soft rock e o disco. BANG!

quarta-feira, novembro 18, 2020

Esperança

Acho que, apesar de algumas tentativas de aligeirar, o meu blogue está pesado. Isso porque estou com dificuldades em ter esperança. Normalmente a nova geração traz uma nova luz, mas as gerações de 70 e 80 foram, grosso modo, uma lástima a educar os seus filhos e não há gente "iluminada" o suficiente para dar a volta a isto. Queremos todos fácil. Vivemos no fácil. Ninguém sabe reagir ao difícil. O espirito de sacrifício, a solidariedade e a empatia são expressões e palavras que aparecem em livros. Queria fazer de conta, mas não consigo. Precisava de ter referências, pessoas que funcionassem como luminárias. Tive alguma esperança com a eleição do Biden, mas vemos como a volta de um homem decente ao poder é tão difícil porque tudo é TV da vida real. E as pessoas, na sua grande maioria, gostam de viver no êxtase da fama, das emoções flash. Melhor ser Kardashian ou Trump em potência, do que um Biden que não tem milhões de seguidores online, não sai em capas de revistas; apenas tem um CV brilhante de serviço público. É o que temos hoje e dia. 

terça-feira, novembro 17, 2020

Desenterrar os anos 70 - 2

 

Let's get it on - Marvin Gaye

Desenterrar os anos 90 - 3


Home - Depeche Mode

As fotos de Harry Styles que transtornaram os conservadores




Não vejo problema nenhum para lá do facto de não deverem ajudar muito à mobilidade. Para nos divertirmos esteticamente e fotograficamente parece-me muito bem. O homem do século XXI transcende o género. As roupas não têm uma pilinha ou uma pachachinha.
 

A direita conservadora norte americana não gostou...

De ver o Harry Styles na capa da Vogue USA com um vestido de senhora. Pedem que sejam trazidos de volta os homens masculinos. Não se ria ou fique triste pelo facto destas pessoas ainda viverem em 1951. Quanto à masculinidade. É preciso ser-se muito seguro enquanto homem heterossexual para o fazer. 

Aqui tenho também de fazer uma homenagem ao meu irmão, que deve ser o tipo mais heterossexual que já conheci na vida e de tão seguro da sua sexualidade: 

1- nunca teve medo de ser "frágil" ou "suave" quando o tinha de ser perante as mulheres

2- nunca teve medo ou desconforto perante gays 

3- nunca teve medo de chorar em público

4- procurou sempre fazer-me sentir bem quando soube que eu era gay comentando sobre beleza masculina comigo e "gajos que eu poderia achar giros" pelo que ele ia vendo dos meus comentários. 

5- também vestiu saias quando o desafiaram sobre se ele o faria nos espetáculos da banda dele. Ele disse que sim "desde que a estética fosse fixe com a cena dele". E vestiu.

Tenho uma profunda pena daqueles que pensam que ser homem é ser machão e ter um visual duro (nada contra os visuais machões e duros - que até uso muitas vezes - apenas contra quem pensa que ser homem é isso).

No caso da direita conservadora norte americana, ser homem é retirar os direitos de saúde aos mais pobres, eliminar o casamento homossexual, manter crianças mexicanas em jaulas na fronteira dos EUA, restringir o direito ao aborto (e todos os direitos que permitam às mulheres serem tratadas como iguais) e, claro, não vestir vestidos ou qualquer peça de roupa geralmente utilizada pelo "sexo fraco".

PS. A direita conservadora norte americana não corresponde a todos os Republicanos. Nem todas as pessoas de direita são nojentas, ainda há muita gente com bom senso e decência (porque a decência não é evitar vestir vestidos). 

sábado, novembro 14, 2020

Insistência no caso Trump e nas preferências partidárias

Nunca pensei que o Donald Trump pudesse descer ainda mais baixo. Entre ele o o Nicolas Maduro venha o diabo e escolha. Se ele tivesse o exército do seu lado (como o Maduro), já tinha transformado os EUA numa ditadura. 

No outro dia no Facebook vi um senhor pouco mais velho que eu (uns 50 anos) a escrever que é de direita e que por isso o Trump tem de ganhar. Ou seja, não importa que um ser humano nojento esteja à frente do nosso partido, o que interessa é que o nosso partido ganhe. Estamos a falar de governar um país, não estamos a falar de clubes de futebol.  Eu compreendo a identificação com ideias de direita ou de esquerda, mas os ideias não podem branquear a qualidade do candidato eleitoral.

É nesse capítulo que os escandinavos estão anos luz à nossa frente. O mérito e a decência não podem ser escamoteados. Há sentido de decência e de vergonha a orientar a política (sejam os candidatos de esquerda ou de direita).

Felizmente nos EUA, país tradicionalmente conservador na sua maioria, existe, entre os Republicanos, uma ala de políticos que acreditam na América e na decência. Só por isso, o pior da América não vai avante desta vez. Mas até 20 de Janeiro de 2021, o atual Presidente vai continuar a levar avante a sua vingança infantil e narcisista e a destruir o que puder no seu caminho.

Volto a dizer. Não vale tudo na política para ganhar. Temos de ser responsáveis e não podemos ser "umbiguistas" nas nossas escolhas. 

Em tempos não dei emprego a uma amiga em necessidade. O mundo dos afetos é uma coisa, a responsabilidade profissional é outra. A pessoa em questão não é uma pessoa simples para trabalhar. Esta decisão foi difícil, mas teve de ser tomada.  Na política mais ainda. Estamos a falar de políticas que afetam a vida, felicidade e prosperidade das pessoas. Clubismos na política não. 

quinta-feira, novembro 12, 2020

Repara

 Repara...

Talvez a liberdade não seja ter asas

pois até os pássaros se cansam.

Talvez a liberdade seja ser céu.

- Zack Magiezi

Desenterrar os anos 70 - 1

 


Brass in Pocket - The Pretenders 

Desenterrar os anos 90 - 2


Filmstar - Suede

Desenterrar os anos 90 - 1


Queer - Garbage

Momentos deliciosos

Depois de um mês de dieta fria, hoje tive a sensação gloriosa de beber um café a escaldar - bem como eu gosto. E a vida sorriu durante aqueles 10 segundos.

Para mais tarde recordar


 

sábado, novembro 07, 2020

Trump fora

Nestes tempos tão negros é uma excelente notícia. O Alaska será salvo, o acordo nuclear renegociado, as alterações climáticas tidas em conta, etc., etc.   

quinta-feira, novembro 05, 2020

Desenterrar os anos 80 - 2



Why Can´t I be You - The Cure

quarta-feira, novembro 04, 2020

Trump continua no poder (?)

Pessoas básicas vão olhar para a vitória dos ideais da Direita sobre Esquerda. O senador John McCain era um homem de direita, mas um homem decente. Conservador, mas honesto. Donald Trump é um esgoto humano, a personificação de tudo o que há de pior. Um trapaceiro de primeira que consegue convencer uma enorme camada de população. Quer isto dizer que voltamos atrás no tempo, quando as pessoas não tinham escolaridade ou capacidade de discernir a complexidade de uma votação, as suas implicações? 

Neste mundo de redes sociais, fake news e desinformação, ter acesso a informação de fontes fidedignas requer trabalho e uma sofisticação mental que se está a perder de dia para dia. Há estudos que indicam a incapacidade de raciocínio dos jovens, mas penso que será verídico para os adultos também. Só isso pode explicar a eleição de um mentiroso/trapaceiro como o Trump ou de um psicopata como o Bolsonaro e de outros da mesma craveira (ou então as pessoas estão mesmo mais maldosas, menos solidárias, menos abertas ao outro). 

O mundo não está mais livre. Sem que as pessoas percebam (porque a configuração é diferente e o desenvolvimento tecnológico disfarça) estamos de novo a viver uma "idade das trevas". Resta esperar pelo "renascimento", mas algo me diz que acontecerá muito tarde neste século, se ainda for neste século. 

Queria muito evitar esta tristeza que sinto. Queria muito deixar de ser obrigado a lidar com as ações públicas de alguém com o nível de podridão de Donald Trump. Queria deixar de vê-lo nas notícias, queria ver notícias radiosas sobre os EUA, sobre o Brasil., sobre a Hungria, sobre a Polónia, mas vou ter de continuar a desviar o olhar. para bem da minha sanidade mental, como é que se podem eleger pessoas que moralmente são tudo aquilo que ensinamos os nossos filhos a não ser. É mais um dia negro. Mais um prego no caixão do planeta. E sim, agora as reservas naturais do Alaska já podem ser esventradas para sacar petróleo.  Caminho aberto. 

terça-feira, novembro 03, 2020

Danos

Causa mortis:

Traumatismo craniano

Fruto de mergulhos profundos

Em pessoas rasas.

Zack Magiezi


Ps. perfeito para o nosso tempo.

segunda-feira, novembro 02, 2020

What The World Needs Now Is Love

 


Sim. É o que o mundo precisa agora. Mesmo. Muito.

Citações

 

"Loneliness is a sign you are in desperate need of yourself."

Rupi Kaur

Jovens de hoje: Poderão ser a 1ª geração com QI inferior aos pais.

O estudo de Michel Desmurget é bastante compreensivo quanto aos efeitos dos meios digitais no desenvolvimento dos mecanismos inteligentes do cérebro. Mais informação aqui (está em espanhol, mas foi a entrevista mais extensa com autor que encontrei).

Desenterrar os anos 80 - 1

Hoje apareceu-me uma vídeo da Kim Wilde nas sugestões do Youtube e eu lembrei-me de que gostava muito de algumas músicas. Então, resolvi criar uma série com músicas dos anos 80 que eu sempre gostei. Se calhar vou fazer o mesmo para os anos 60, 70 e 90. Quem sabe alguém que não conhecia passa a conhecer uma músico que lhe interesse. 



Mr. Heartache - Kim Wilde

Pelo andar da carruagem

 As minhas tão desejadas férias não irão acontecer porque vai haver confinamento (ou uma espécie de). Quer isto dizer que vou ter de desmarcar o hotel e adeus Minho. Fico mesmo chateado com as pessoas em geral por estarem dar um tiro na sua própria liberdade. Na Noruega, na Finlândia anda tudo na rua a respeitar as medidas de higiene e com níveis de contágios baixo. Nos países "chico-espertos" é o que se vê e a culpa é sempre alheia (os outros, o Governo, ou até que não existe pandemia).