Foi engraçado ir ver o filme depois de ter visto a peça em teatro (comentário aqui). Acho que como filme não é perfeito, mas o elenco é fabuloso. A Meryl Streep mostra porque razão é a actriz mais nomeada de todos os tempos e a Viola Davis dá-nos a melhor cena do filme. A sua actuação é verdadeiramente brilhante como mãe de um rapaz pretensamente abusado sexualmente pelo padre. Uma mãe negra que quer lutar pelo filho mas que sabe não passarem de negros sem recursos. Quanto a mim, foi quem melhor assumiu a postura de toda a claustrofobia social do início dos anos 60. Viola Davis é arrepiante e comovente porque vestiu o papel de forma visceral e não técnica. A Amy Adams foi excelente também. Só a conhecia de comédias.
.A dúvida é dos mecanismos de destruição mais poderosos. E se uma dúvida pode abalar um império, pode levar um ser humano ao maior desespero ou obssessão. A dúvida tem também uma enorme capacidade de se auto-alimentar. E as certezas que nascem de uma dúvida, poucas vezes se sustentam.
16/20
2 comentários:
Concordo com a ressalva à Viola Davis!é de facto o mais forte para mim no que a representações e intensidade respeita![o facto dos 10 min no filme lhe valerem uma nomeação é demonstrativo disso!];
penso, no entanto, que a Streep está bem - consegue ela representar mal??? - mas não excepcional "just meryl playing meryl"..e como ajuda a fisionomia e o hábito à sua performance...
aqui sim dava um 14/20 [e não ao Rev. Road! :P]
«just Meryl playing meryl» não podia colocá-lo da melhor forma ;-)
Ela é sempre tecnicamente perfeita. Com a Viola aquilo veio sabe-se lá de onde. Mas o elenco, no geral, conseguiu uma espessura drámatica que me tocou. Daí o 16/20 :-)
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